11 de março de 2013

Árvores de pequeno porte para vias urbanas

Por Darci Bergmann


  Na arborização de passeios públicos, existem limitações com relação ao porte de algumas espécies. A passagem de rede elétrica sobre o passeio público é o principal fator que deve ser levado em conta na hora de escolher as espécies. 
Também é preciso observar o tipo de fruto, a floração, entre outros aspectos. 
Árvores com frutos grandes devem ser evitadas em passeios públicos com muito trânsito de pedestres. Podem ser utilizadas em ruas de condomínios fechados, ou mesmo naquelas de pouco movimento. Nesse caso, além de sombra e melhoria estética, fornecem alimento às pessoas e aos animais, principalmente as aves.
Quanto à floração, existem espécies cujo pólen provoca alergia em algumas pessoas. É o caso da espécie ligustro (Ligustrum lucidum). Outras ainda apresentam toxicidade nas folhas, como a espirradeira (Nerium oleander).
  A flora brasileira é rica em árvores e arbustos que podem ser plantados em calçadas sob as redes elétricas. Muitas espécies poderiam ser melhor aproveitadas para essa finalidade. 
   Por outro lado, as espécies exóticas também podem ser utilizadas, mas recomenda-se que estas não ultrapassem os 50% do total de árvores plantadas numa cidade.
Para efeito prático, algumas espécies de arbustos podem ser aproveitadas para arborização nos passeios públicos, desde que sejam conduzidas com podas adequadas. Exemplos disso são as espécies pingo-de-ouro (Duranta repens), a ixora (Ixora coccinea) e a primavera (Brunfelsia uniflora). A eliminação sucessiva dos ramos inferiores faz com que a planta adquira porte de arvoreta.
   Nas vias públicas tem-se notado o uso de espécies escandentes, aquelas que precisam de suportes. É o caso da Bogainvilea, também conhecida como Três-marias (Bogainvillea spectabilis). Essa espécie, muito ornamental, deve receber podas freqüentes, para que os seus ramos espinhentos não causem ferimentos nas pessoas.
   A maioria das cidades brasileiras já tem legislação específica sobre arborização urbana. Se alguém desejar fazer plantio voluntário de árvores em vias e logradouros públicos, deve consultar  a prefeitura da sua cidade.
   Outras recomendações: 1) Antes de plantar, verifique os locais de entrada da rede de água e de esgoto e deixe pelo menos um metro de distância para fazer o plantio, isto para espécies de pequeno porte. 2) O centro da cova deve ficar afastado pelo menos 0,60 m do cordão da calçada. 3) Covas com as dimensões de 0,60 m x 0,60 m x 0,60 m são indicadas para a maioria das espécies.  

Sugestões de espécies de pequeno porte

Nativas:

                                           Araçá-amarelo




Araticum-mirim



Aroeira-salso





Aroeira-vermelha

                               


                      Butiá, butiazeiro              



Caliandra, esponjinha-vermelha



                                               Cambucá




Cancorosa, espinheira-santa



Carvalinho, chá-de-bugre




Cina-cina



Cobrina, catavento, forquilheira






Falso-barbatimão






Goiaba-serrana




Guamirim


                                          Jabuticaba-sabará













                                           Manacá-da-serra




                                            Pingo-de-ouro




Pitangueira, pitanga 
  


  
Primavera, manacá-de-cheiro




Tucaneira



Urucum




Exóticas

Acer, bordo-japonês


Árvore-da-vida-chinesa, tuia-bola





Brassaia, árvore-guarda-chuva, árvore-polvo



Caferana, cafezinho


Calistemon, escova-de-garrafa





Carambola


Cerejeira-do-japão, sakura



Dracena



Espirradeira, oleandro

Esta espécie tem glicosídeos que são
tóxicos




Extremosa, resedá




Flamboiã-de-jardim




Ipezinho-de-jardim





Ixora


Jasmim-manga





Limão-cravo



Mimo-de-vênus, hibisco



Murta





                                 Tamareira-de-jardim








Um comentário:

homero haymussi disse...

caro Darci, boa tarde, por gentileza como faço para conseguir uma muda de cobrina, obrigado. homero