24 de setembro de 2014

Supermercado sem embalagens descartáveis


Veja matéria divulgada pela DW:

O Original Unverpackt, iniciativa de uma dupla de jovens empreendedoras de Berlim, busca apresentar alternativas ao consumo de massa e ao desperdício.






23 de setembro de 2014

Falta de conservação do solo causa erosão e perda de lavouras no PR

Globo Rural, Edição do dia 21/09/2014
21/09/2014 08h15 - Atualizado em 21/09/2014 08h20

Falta de conservação do solo causa erosão e perda de lavouras no PR

Há 30 anos, Paraná foi referência mundial em recuperação dos solos.
Mas agricultores retiram a proteção para abrir caminho para o maquinário.

Do Globo Rural
Durante décadas, os agricultores brasileiros investiram em técnicas de conservação do solo. Mas, nos últimos anos, muitas práticas foram abandonadas, deixando as lavouras desprotegidas, em uma busca sem limites pelo aumento da produtividade. O Paraná, estado que já foi modelo mundial de conservação de solos, hoje sofre com problemas como a erosão e a poluição de rios.

O agricultor Juarez Hagemann, dono de uma área de 60 hectares no município de Realeza, no sudoeste do Paraná, sentiu na pele e no bolso os efeitos da erosão, ação da água da chuva quando cai sobre um solo desprotegido. Em 2013, um temporal destruiu a lavoura que o produtor tinha acabado de plantar.
A erosão leva a lavoura e a camada mais fértil do solo, que fica na superfície. As gotas de chuva batem com força no solo, desagregam os torrões de terra e formam pequenos grãos. Leves e barreiras no caminho, eles são arrastados seguindo o declive natural do terreno e se acumulam nas partes mais baixas, onde, geralmente, há outra propriedade, uma nascente ou um rio. Por isso, é essencial construir barreiras de proteção que mantenham o solo e a água dentro da área da lavoura.
Entre as décadas de 1980 e 1990, o Paraná conseguiu espalhar por praticamente todo estado um sistema de conservação de solos feito em microbacias. Em 1990, o Globo Rural conheceu o trabalho desenvolvido na região. Estradas foram refeitas de forma a não jogar água para dentro das propriedades. As lavouras foram colocadas em nível, cortando o sentido em que a água corre, como explicou a engenheira agrícola Graziela Barbosa, pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), em Londrina.
“A água é um processo natural. Vai chover e vai escorrer. Se o sulco de plantio forma uma pequena rugosidade. Quando a água começa a escorrer, ela já tem essa rugosidade como uma pequena barreira mecânica para diminuir a velocidade”, diz Graziela.
Além do plantio em nível, terraços foram construídos para segurar a água que passa por cima dos sulcos. “Quando vem no sentido da pendente, a água vai ter um canal. Depois, nós vamos ter a parte maior da terra que chamamos de camaleão, que vai fazer com que a água que escorreu pare nesse canal. Quando a chuva parar, essa água naturalmente se infiltra e mantém a umidade no solo e não se perde”, completa Graziela.
O tamanho dos terraços e o espaçamento entre eles dependem do tipo de solo, do declive e do regime de chuvas de cada região. Antigamente, no Paraná eles passavam de uma propriedade para outra acompanhando a bacia dos rios e formando uma grande barreira.
O plantio direto foi outra ferramenta importante integrada ao sistema. A técnica consiste em colher uma lavoura e fazer o próximo plantio diretamente sobre a palhada da cultura anterior.
A palha que fica sobre o solo também diminui o impacto das gostas de chuva e protege a terra do sol, mantendo a umidade por mais tempo. Para ser eficiente, o plantio direto deve deixar pelo menos seis toneladas de palha por hectare. Mas o trabalho de duas décadas para implantar esse sistema de conservação está indo literalmente por água abaixo porque muitos agricultores retiram os terraços de suas propriedades.
“Os terraços, de certa forma, são uma restrição à mecanização. Numa situação mais recente, dos últimos cinco ou 5 dez anos em que o tamanho das máquinas tende a ser cada vez maior”, diz o pesquisador Augusto Araújo, engenheiro agrícola do IAPAR.
Especialista em mecanização, Araújo explica que para ganhar tempo e poder plantar e adiantar a colheita, para fugir do risco de secas, geadas e chuvas fora de hora, os agricultores estão comprando máquinas maiores, mais rápidas e potentes, mas que têm dificuldade para passar no espaço entre um terraço e outro e precisam fazer muitas manobras para circular entre eles.
A decisão mais comum é retirar um de cada três terraços, abrindo espaço para a máquina passar. Há agricultor agravando a situação e elimina todos os terraços para plantar no sentido em que a água corre, ou seja, morro abaixo.
“A velha prática de se plantar em nível, uma das técnicas mais tradicionais e clássicas de conservação de solo, está se perdendo também. Para aumentar a produtividade se faz um tiro morro abaixo e morro acima”, alerta Araújo.
Foi o que fez o dono de uma propriedade da região que não quis gravar entrevista. Na fazenda com 1,2 hectares no município de Bela Vista do Paraíso já houve um sistema de conservação de solo, mas hoje não restou nenhum terraço. Eles não foram reformados ou simplesmente retirados ao longo do tempo. Há sinais de problema por toda a área.
Assista ao vídeo: 

Falta de conservação do solo causa erosão e perda de lavouras no PR

15 de setembro de 2014

Manacá-de-cheiro: um arbusto que irradia aroma e beleza

Por Darci Bergmann

Manacá-de-cheiro, manacá-de-jardim ou primavera (Brunfelsia uniflora)*
Na região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul um arbusto nativo chama atenção. É o manacá-de-cheiro, também conhecido por manacá-de-jardim ou ainda primavera. Seu nome científico é Brunfelsia uniflora, família Solanaceae. Ele está cada vez mais presente nos jardins e motivos não faltam: a planta ostenta lindas flores brancas e violáceas, muito perfumadas. 



O cultivo do manacá-de-cheiro é fácil, visto tratar-se de uma planta rústica. Propaga-se por sementes, estacas e mergulhia dos ramos. As mudas também surgem pela brotação de raízes ao redor da planta-mãe.  


Recomenda-se evitar o cultivo em áreas frequentadas por animais herbívoros. O manacá-de-cheiro tem princípios tóxicos nas suas folhas. 

1 de setembro de 2014

Floresta Amazônica: a maior parte do Brasil depende dela

Por Darci Bergmann



A voz dos ambientalistas foi abafada pelo barulho das máquinas. Os projetos de colonização na Amazônia abriram feridas e alteraram o regime das chuvas em vastas regiões do Brasil. 

As rodovias que rasgaram a Amazônia foram consideradas como o início de uma era de progresso. Hoje, quase meio século depois, o que se vê é a destruição do bioma Floresta Amazônica cujas consequências vão muio além. Outros biomas dependem da floresta preservada para manterem seus mananciais hídricos. É uma interdependência que só agora começa a ser mais conhecida. 
O desmatamento na Amazônia já causa prejuízos bilionários nas regiões maiores produtoras de grãos do Brasil. Essa é a conta da seca mais prolongada de que se tem notícia, caso da região Sudeste.
Se o desmatamento da Amazônia prosseguir, o Brasil terá enormes dificuldades de produzir alimentos suficientes em futuro não muito distante. 
Por outro lado, sucessivos governos aplicaram centenas de bilhões de dólares na geração de energia a partir de mananciais hídricos que dependem das chuvas formadas com a umidade oriunda da Amazônia.
É preciso, com urgência, que autoridades e a sociedade unam esforços na preservação da Floresta Amazônica. Isto implica em combater os desmatamentos feitos pelos grileiros, mas também em limitar novos assentamentos feitos pelo INCRA.
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Ver mais: Reportagem do Fantástico, da Rede Globo, exibida em 31-08-2014

Falta d'água  em  cidades  tem  a ver com  devastação desenfreada da Amazônia