13 de agosto de 2017

IMAGENS DE PORTUGAL - COIMBRA

     Depois de alguns dias em Portugal, já foi possível observar alguns lugares encantadores. Apesar da intensa nuvem de fumaça, ainda assim consegui registrar em fotos e vídeos cenários encantadores. Alguns deles exponho a seguir.
COIMBRA


Paisagem mais marcante de Coimbra. Colina onde se localiza
o Polo I,  da Universidade, na parte histórica 


Vista da Universidade de Coimbra, a partir do Mosteiro de Santa Clara - A Velha


Vista parcial da Praça da República.


Jardim da Sereia


Jardim da Sereia


Portal de acesso ao Jardim da Sereia


Lago com chafariz no Jardim da Sereia


Jardim Da Sereia. Jarbas Cardoso, entre turistas italianos da Toscana.
À esquerda, na foto, Caterina Petreni e à direita Martino Coppi


Prédio que mostra um dos estilos da arquitetura portuguesa


Mais um prédio característico de Coimbra






Monumento em homenagem a Luís Vaz de Camões


FOTOS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA - A MAIS ANTIGA DE PORTUGAL

FUNDADA EM 01 DE MARÇO DE 1.290. 



Praça D. Diniz


Este blogueiro ao lado do estudante de Economia João Henrique Duarte Armindo,
em roupa típica dos estudantes de Coimbra. Essa vestimenta inspirou as roupas dos
personagens do filme Harry Potter


Largo entre as Faculdades de Direito e Letras


À esquerda, um turista holandês ao lado de Jarbas Cardoso


Acima, a Faculdade de Direito que deu origem à Universidade de Coimbra


Detalhe do pórtico de acesso à Faculdade de Direito


Acima, uma das muitas salas da Universidade
que mostram o rico acervo de arte e história.


Sala dos Capelões - Aqui são realizadas as defesas de teses de
doutoramento


Portal de outro prédio da Faculdade de Direito


Este blogueiro no alto do prédio da Faculdade de Direito. Dali se observa
a parte baixa da cidade de Coimbra e o rio Mondego.

Outra vista de Coimbra a partir do alto do prédio da Faculdade de Direito


Praça interna da Universidade repleta de turistas de vários países.


Mais uma vista da praça interna da Universidade e da Faculdade de Direito


UNIVERSIDADE DE COIMBRA - JARDIM BOTÂNICO

Parte do Jardim Botânico conhecido como Bambuzal.
Área muito vistosa.


Capela de Santo Antônio


À esquerda, o educador Mário Costa e Jarbas Cardoso,
em meio a um grupo de alunos de Lisboa.













Alameda e escadaria que conduzem ao portão de saída do Jardim Botânico



Exemplar de butiazeiro, espécie nativa do Brasil.
O butiazeiro é árvore-símbolo de Giruá, no Rio Grande do Sul, 
cidade onde nasceu Jarbas Cardoso. 

Mais uma vista do Jardim Botânico






12 de agosto de 2017

DENSA NUVEM DE FUMAÇA SOBRE COIMBRA



      Hoje vários focos de incêndio eclodiram em Coimbra, cobrindo a cidade com uma densa nuvem de fumaça. Um jornal local referiu que eram onze focos de incêndio, somente em Coimbra. Helicópteros e aviões foram mobilizados. Já anoitecia e vários focos ainda eram percebidos, alguns bem próximos da área urbana.
    Os incêndios atingiram também outras localidades da região central de Portugal. Segundo informações, até o momento foram mobilizados 650 agentes de combate ao fogo, 190 veículos e 8 aeronaves, entre aviões e helicópteros. Em algumas localidades os moradores estão sendo retirados das suas casas.
     As fotos mostram as nuvens de fumaça em vários focos ao redor de Coimbra.



Um dos focos de incêndio em Coimbra mostra
coluna de fumaça parecida a um tornado.


Na imagem, os prédios da Universidade de Coimbra.
Ao fundo coluna de fumaça de um dos focos de
incêndio.

Nuvem de fumaça emana de um incêndio
na praia fluvial do Mondego, localidade
Torres do Mondego, Concelho de Coimbra.
 Em primeiro plano,
uma ponta de cigarro sobre a massa seca.
A ponta de cigarro denota que faz algumas
semanas que ali foi deixada. O incêndio
não ocorreu porque a massa orgânica ainda
não representava perigo. Fosse na situação atual,
poderia dar início a um incêndio.

Na foto acima é perceptível a massa de folhas secas
ao lado da rua.
















     
     

11 de agosto de 2017

INCÊNDIOS FLORESTAIS EM PORTUGAL -

Por Darci Bergmann


Florestas de eucalipto atingidas por incêndios próximos à Coimbra




Perto de Luso, Parque Nacional do Buçaco


Na bela vila de Luso, Concelho de Mealhada - Portugal

Florestas de eucalipto com plantio próximo à rodovia. Percebe-se sobre a matéria seca um fragmento de filme plástico e uma garrafa descartável. 
Hoje, numa viagem na região central do País, entre Coimbra e a Serra do Buçaco, passando por Luso e outras localidades, constatei uma realidade preocupante. O calor, próximo aos 40ºC, o ar seco e a matéria orgânica das folhas das florestas de eucalipto poderiam resultar em incêndios. Este foi um tema entre mim, Melissa e o Jarbas, em função das notícias de queimadas em várias partes desta região central, na viagem de hoje. Já na metade do roteiro planejado, eis que avistei ao longe os primeiros focos de incêndios. Um deles, adquiriu proporções gigantescas, horas depois quando já estávamos de retorno à Coimbra. Avistamos muitas viaturas dos Bombeiros e de outras instituições que se deslocavam rapidamente para a região sinistrada.
Na imagem, nuvens de fumaça oriunda de um incêndio no Concelho de Coimbra, no dia de hoje
    Pelo rádio, as notícias davam conta da interrupção do trânsito na principal rodovia entre Coimbra e Figueira da Foz, um trajeto que percorremos no dia anterior. Na chegada a Coimbra, uma densa nuvem de fumaça cobria a parte baixa da cidade, concentrando-se mais ao longo do Rio Mondego. Talvez a maior umidade relativa do ar sobre o leito do rio tenha atraído para esse ponto a maior concentração de fumaça. Logo, eu e os meus companheiros de viagem sentimos os efeitos da fumaça. Olhos lacrimejando, ardência na garganta e acessos de tosse. Vê-se que os incêndios afetam a todos indistintamente. Médicos afirmam que, em razão dessas queimadas, há um aumento significativo na procura dos serviços de saúde, consumindo mais recursos públicos, já tão escassos.
Plantio de eucaliptos próximo à localidade de Luso - Portugal


CAUSAS POSSÍVEIS DAS QUEIMADAS E SUGESTÕES PARA AMENIZAR O PROBLEMA

Em primeiro lugar, constata-se o plantio, em monocultura, de extensas áreas de espécies exóticas, especialmente eucaliptos. O plantio atinge áreas muito próximas das estradas, deixando ao longo delas muita massa seca, de fácil combustão. Em alguns pontos, essa massa seca atinge uma espessura de quase um palmo. 
O setor florestal é uma importante cadeia de produção que gera empregos e renda. No entanto, precisa de alguns ajustes no manejo e na forma de implantação das florestas. 
Como engenheiro agrônomo, penso que a lei já existente, seja cumprida quanto à distância regulamentar do plantio dessas espécies florestais exóticas. Como constatado, aqui em Portugal, as florestas exóticas estão muito próximas do leito das estradas e dos prédios. Isto também tem outras implicações. As pessoas podem ficar presas em determinados trechos devido às árvores queimadas e que tombam sobre o leito das estradas. Tal situação provocou a morte de muitas pessoas em Portugal no ano corrente - as pessoas ficaram aprisionadas sobre as rodovias tomadas pelas árvores em chamas. Tal situação também dificulta o deslocamento dos bombeiros e serviços de atendimento.

GARRAFAS DESCARTÁVEIS  E OUTROS MATERIAIS - CAUSAS PROVÁVEIS DE INCÊNDIOS - Ao longo do trajeto, vimos garrafas tipo pet, descartadas sobre a matéria orgânica seca. Uma dessas garrafas transparentes, contendo líquido, pode transformar-se numa lente que concentra os raios solares e a partir daí se tornar uma causa de queimada. 
 Cacos de vidro, sob o sol e depositados sobre folhas secas, tem potencial para iniciar uma queimada.



Nas margens da estrada entre Coimbra e a vila de Luso - Concelho de Mealhada,
 constatam-se garrafas descartáveis sobre a massa seca das folhas de eucalipto.
TOCOS DE CIGARRO - Em Portugal toco de cigarro é denominado beata. Há também a questão dos fumantes que, inadvertidamente, podem largar tocos de cigarros acessos e que atingem a matéria orgânica seca. Eu vi alguns tocos de cigarro, bem próximo às folhas secas na beira da estrada.
  Em caminhada ao redor da área urbana de Coimbra, constatei plantios de eucalipto, vegetação rasteira e muitas folhas secas de diversas espécies florestais, nelas incluído o plátano. Devido à falta de chuvas, mesmo espécies folhosas como os plátanos perdem maior quantidade de folhas. Havia lixo intercalado e sobre a massa orgânica seca. Muitas 'beatas' e carteiras vazias de cigarro foram avistadas, como mostram as fotos.
   Num terreno baldio, avistei uma bolsa contendo roupas em bom estado. Ao lado uma jaqueta e uma embalagem de suco e próximo dali tocos - 'beatas' de cigarro, próximos à vegetação nativa seca. Isso a uns 50 metros da rua. Qualquer descuido, nessas condições favoráveis ao fogo, poderiam resultar num incêndio.

Fator de risco: Carteira e tocos de cigarros na vegetação seca
nos arredores de Coimbra. 

Carteira de cigarro sobre folhas secas de plátano,
próximo à área urbana de Coimbra.

Mais tocos de cigarro - 'beatas' - em terreno baldio de Coimbra
DESCARGAS DE AUTOMÓVEIS - As descargas dos automóveis atingem altas temperaturas e podem também ser possíveis focos de fogo. 
   Não se descarta a ocorrência de incêndios criminosos. Em minha opinião, a grande quantidade de focos de incêndio tem a predominância de outros fatores, como os já elencados acima. 
Nas áreas de florestas nativas, certamente os incêndios são menos frequentes.  
Matéria seca nas margens da estrada. Percebe-se uma garrafa
 descartável de plástico.

Grande volume de massa seca sob a floresta de eucalipto próximo à rodovia,
 proximidades de Luso - Portugal

SUGESTÃO DE AÇÕES PREVENTIVAS
Além do que já foi antes mencionado, sugiro mais as seguintes medidas de prevenção:
1) Ampliação da faixa livre de plantio de maciços florestais exóticas ao longo das estradas e prédios;
2) Nas faixas ao longo das estradas fazer o plantio de espécies que não propagam o fogo. Dentre as espécies nativas, é possível encontrar aquelas mais adaptadas para essa finalidade.
3) Realização de um programa de educação ambiental, envolvendo o poder público em todos os níveis, pessoas e instituições privadas com foco direcionado para a questão dos incêndios florestais. A discussão do aquecimento global vai além da liberação de gases do efeito estufa causado pelos automóveis, que consomem derivados de petróleo. Atitudes simples das pessoas comuns podem evitar grandes tragédias. Não jogar um toco de cigarro aceso ou uma garrafa descartável nas margens das estradas pode fazer a diferença e assim evitar um incêndio que libera milhares de toneladas de CO² - gás carbônico - na atmosfera.
Por fim, constatei que nas vilas e cidades por onde passamos não havia lixo descartado nas periferias, como ainda é comum no Brasil. Isto denota que não são os moradores locais que descartam pequenas quantidades de lixo, tipo garrafas descartáveis e outros materiais em pequeno volume. Provavelmente, esses são descartados por pessoas que circulam na região. Por coincidência, também nesta época do ano, o fluxo de turistas aumenta. 
Árvores de eucalipto muito próximas do leito da rodovia. Nas laterais massa seca, com predomínio de folhas. Próximo à localidade de Luso.





9 de agosto de 2017

Minhas impressões de Portugal

   Depois de uma pausa, retorno a este espaço para compartilhar as minhas impressões de viagem por várias regiões de Portugal. Neste jardim a beira-mar, com tantos laços afetivos com o Brasil, encontrei aspectos interessantes e que vão além da língua e da história.
    Ao desembarcar em Lisboa, fiquei impressionado com a quantidade de turistas de vários países que circulavam pelo aeroporto. Parece-me que o turismo em Portugal está em alta.
    Chegando pela vez primeira num lugar desconhecido, fiquei apreensivo, pois a minha filha Melissa não estava no saguão principal, conforme havíamos combinado. Não consegui estabelecer contato pelo celular. Depois de quase uma hora de espera, eis que Melissa aparece e explica o motivo do atraso, pois perdera o primeiro trem que partiu de Coimbra em direção a Lisboa.
   Então, apanhamos o comboio, como dizem os portugueses, e rumamos a Coimbra, a partir da Estação Oriente. O trajeto de quase 200 Km revelou paisagens diversificadas, com predomínio de bosques e pastagens para ovinos, muitas oliveiras e outras culturas mais.
   A seguir, algumas fotos com as primeiras impressões:
   Vou mostrar um pouco do cotidiano, das questões ambientais e do atual momento de Portugal, na visão de um gaúcho. 
   Coimbra sempre me fascinou pela sua história. Em Coimbra, minha filha Melissa faz doutorado na área da Biologia, numa das universidades mais antigas da Europa e a mais antiga de Portugal. Melissa também é colaboradora deste blog, assim também o meu genro Jarbas Cardoso.
  E por falar em história, já conheci a parte antiga, onde numa colina se localiza a Universidade e um conjunto arquitetônico que remonta à época medieval. Nas ruelas da parte antiga, milhares de turistas de todos os continentes  contemplam, admirados, a singular arquitetura. Ali, à noite, assistimos uma apresentação cultural de Fado, patrimônio imaterial do povo lusitano.
   Acima, eu e minha filha Melissa na Estação Oriente de Lisboa
                                 
Ao fundo, a Igreja do Mosteiro de Santa Cruz, cuja fundação remonta ao ano de 1.132. Em 1507, a Igreja passou por uma extensa reforma, por ordens do rei Manuel I de Portugal.  À esquerda da Igreja, a sede da Câmara Municipal de Coimbra.


Aquedutos de São Sebastião ou popularmente Arcos do Jardim Botânico de Coimbra. Este aqueduto do final do Século XVI, sucede outro do tempo do Império Romano

Ruela na parte baixa da cidade de Coimbra.



No Café Santa Cruz, apresentação do fado de Coimbra. É um estilo musical característico


Em Penedo da Saudade -local onde as turmas que se formaram deixam mensagens em memória ao período de estudantes na \Universidade de Coimbra

Acima algumas mensagens em Penedo da Saudade

Torre ou Arco da Almedina. No passado era o portão de acesso à cidade de Coimbra



Mosteiro de Santa Clara, a Velha. Fundado em 1283, por D. Mor Dias


1 de outubro de 2015

Resumos do III Congresso Internacional de Educação Ambiental

A Educação Ambiental é sempre um tema de grande interesse. O assunto foi discutido no III Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, de 8 a 12 de julho de 2015, em Torreira, Murtosa, Portugal.
Com o título A importância de uma organização de proteção ambiental na região Sul  do Brasil, foi apresentada a experiência da ASPAN - Associação São Borjense de Proteção ao Ambiente Natural. O resumo do trabalho foi publicado no Livro de Resumos, na página 177, que pode ser acessado no link a seguir: 


17 de abril de 2015

Animais silvestres em ambientes urbanos


Por Darci Bergmann

São cada vez mais frequentes os casos de animais silvestres que chegam aos ambientes urbanos. A redução dos habitats e a consequente falta de alimento são algumas das causas. Em São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, primatas da espécie Alouatta caraya, nome popular bugio-preto, são vistos com frequência na cidade. É a única espécie silvestre de primata na região. Alguns grupos chegam a procriar no ambiente urbano, até na praça mais central da cidade, onde os indivíduos livres no ambiente constituem ponto de atração das pessoas. Esses animais são alimentados, alguns por anos a fio, por algumas pessoas com mais frequência e por curiosos esporadicamente. Uma fêmea tem chamado atenção pela agressividade demonstrada contra a pessoa que, por vários anos, tem-lhe fornecido alimento, principalmente bananas. O inusitado ocorreu quando o tratador principal, que tinha uma banca de revista na Praça em frente à Prefeitura Municipal, cessou a sua atividade profissional e afastou-se do convívio com os animais. Em duas oportunidades, ao visitar os animais sem levar alimento, o amigo dos bichos foi agredido por uma das bugias. Na segunda agressão, as lesões no tratador foram graves. Tal comportamento talvez se explique pelo seguinte: a bugia ficou irritada com a falta de comida diária e fácil que lhe fora alcançada, por longo tempo, pelo dono da banca de revista. O fato gerou ampla repercussão nas redes sociais e na mídia. No meu entender, os macacos não deveriam ser alimentados pelas pessoas que costumeiramente frequentam a praça e outros locais da cidade, onde os bugios se estabeleceram. Os bugios tem ampla capacidade de buscarem alimentos na natureza, bastando que nós humanos lhes asseguremos áreas arborizadas, com a maior diversidade possível, de espécies nativas, incluindo as frutíferas. Na sua dieta natural, os bugios incluem brotos, flores, folhas e frutas de árvores, podendo incluir o consumo de ovos de aves que nidificam no seu habitat. 
Os bugios são animais dóceis e que tem grande importância ecológica. Eles são dispersores de várias espécies de árvores nativas. Também fazem parte do folclore gauchesco, onde tem inspirado músicos e poetas. Segundo o site Wikipédia, 'bugio é um estilo musical brasileiro, de compasso binário, originário do Estado do Rio Grande do Sul'.
Por tudo isso, devemos preservar e respeitar esses animais.     
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Mais sobre o tema: Reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV

16/04/2015 16h32 - Atualizado em 16/04/2015 16h33

Morador é agredido duas vezes por macaca em praça de São Borja, RS

Cinco animais vivem em árvores de praça no Centro do município.
Aposentado que oferecia bananas teve de levar 30 pontos na cabeça.



Do G1 RS
Um morador de São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, passou por uma situação curiosa. Ele foi agredido por uma fêmea de macaco que vive em uma praça no Centro da cidade e teve de levar 30 pontos na cabeça. Segundo o aposentado, essa é a segunda vez que o animal demonstra agressividade (veja o vídeo).
Cinco macacos vivem nas árvores do local, um dos principais pontos de convívio do município. No horário do almoço, eles fazem fila para que os moradores os alimentem. Quando alguém chega com lanche, os animais descem para pegar o presente.

O aposentado Luiz Carlos Santos Michel levou banana para os macacos ao longo de 18 anos. Quando esqueceu, porém, uma das fêmeas teve reação surpreendente.

"Eu estava de costas, não vi que ela estava lá. Quando percebi, ela me arranhou. Eu dava [banana] na boca delas. Não sei, até desconfiei que a primeira vez que ela me atacou foi porque ela estava com um filhote", relembra.
Luiz perdoou e voltou a levar comida. Dois meses depois, aconteceu de novo e, segundo ele, com a mesma macaca.

"Eu tenho a impressão de que é só comigo que ela faz isso. Com os outros, o pessoal está lá e eles [macacos] nunca fizeram nada. Não sei por quê. Eu dava comida para ela", lamenta.

Os animais moram há quase 20 anos na praça no Centro da cidade. Durante as duas décadas, nunca teriam atacado uma pessoa.
"Esses ataques podem estar relacionados à dependência desses animais com relação à fonte de alimentação. No momento que é interrompido o ciclo, o animal se torna agressivo, vai em busca da fonte de alimento e identifica, inclusive, a pessoa que fornecia alimento. Aí, se a pessoa não repassar mais este suprimento alimentar, o bicho se torna agressivo", explica o ambientalista Darci Bergmann.
Mesmo com os dois casos, conforme a prefeitura, os macacos vão continuar na praça.
"A pessoa tem que se dar conta que é um animal. O raciocínio dele, o instinto, é de se defender sempre que acha que é atacado", opina o agricultor Paulo Gilberto de Bairros.

Já Luiz, agredido pela macaca, não pensa em voltar ao local para alimentar os bichos.
"Agora eu não vou. Estou proibido de ir na praça agora", comenta, entre risos.

Para evitar novos casos, a recomendação é não se aproximar dos animais.

"Não há necessidade de tirá-los daqui. O que nós temos que fazer é conversar com as pessoas, não alterar a fonte de alimento deles, deixar que eles vão buscar sua subsistência, não dar suprimento de alimento. Às vezes, o pessoal da pão que tem fermento e não faz parte da dieta do animal, então isso altera o comportamento dele", completa o ambientalista.
Macacos vivem em praça no Centro de São Borja (Foto: Reprodução/RBS TV)Macacos vivem em praça no Centro de São Borja (Foto: Reprodução/RBS TV)