8 de novembro de 2012

Lavar as mãos ainda é a melhor prevenção


Por Darci Bergmann

      Dito por um médico. Saúde básica não se faz só com alta tecnologia. Com atitudes simples, pouco dispêndio financeiro e alguma boa vontade, a saúde de todos nós pode melhorar bastante.


   Uma boa dose de higiene sempre faz bem. Lavar as mãos talvez seja uma das melhores práticas. Mas ainda tem gente metida a grã-fina que vai ao banheiro e esquece de lavar as mãos.  Outra recomendação é lavar bem as frutas e verduras e há muitos motivos. Um deles é remover o ‘excesso’ de agrotóxicos. Esses produtos químicos não se originam só das lavouras. Podem ser aplicados nos depósitos. Fungicidas, por exemplo, para controlar mofos.  Ou nos mercados para controlar insetos, entre eles baratas e formigas. Nesses ambientes também podem ocorrer ratos e camundongos. Aí o perigo está na urina. Ela pode estar contaminada com o bacilo da leptospirose* e tem perigo potencial de atingir a casca das frutas e mesmo embalagens de outros alimentos.     
    Se a pessoa desejar comer uma fruta em ambiente sem água próxima, alguns cuidados podem diminuir os riscos de contaminação. Tome-se o caso das bananas. Evite descascar a fruta completamente e depois colocar a mão na polpa. Isto pode contaminá-la. Descasque uma parte e, com a casca fazendo proteção internamente, a fruta pode ser comida sem contaminar a polpa.
    Objetos de crianças que caem no chão. Mães desatentas juntam objetos do chão, esfregam nas roupas e os colocam na boca dos bebes. Isto pode provocar problemas intestinais.
   Animais de estimação. Também é freqüente a cena de crianças que andam na rua com seus cães e gatos. Esses botam a fuça em vários locais contaminados. Pisam sobre áreas escarradas por pessoas e às vezes se rolam no chão, contaminando o pelo com milhões de coliformes fecais e ovos de vermes.  Crianças e até adultos abraçam esses animais, pegam nas patas e depois põem os dedos na boca ou nos alimentos, o que pode provocar distúrbios intestinais.
    Sem exagero, um pouco de higiene faz bem. 
*Mais sobre leptospirose: acesse leptospirose:  
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Veja a seguir as recomendações da FIOCRUZ:

Lavar as mãos: a melhor maneira de prevenir o desenvolvimento de infecções

Isis Breves


É na infância que aprendemos que devemos lavar as mãos sempre antes das refeições. Esse ato de cuidado e higiene é a maior arma para o controle de infecção hospitalar.Lavando as mãos e salvando vidas é o slogan da campanha promovida pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec) da Fiocruz que procura integrar usuários, familiares e profissionais de saúde para evitar o crescimento de microorganismos responsáveis pelo desenvolvimento de infecções hospitalares. A CCIH está distribuindo um folder com instruções de como lavar corretamente as mãos.









Entre outras informações sobre o tema, o folder do Ipec mostra como proceder para higienizar as mãos

“O paciente internado está mais vulnerável às infecções devido ao seu estado debilitado. A lavagem de mãos corta a cadeia de transmissão de agentes microbianos. É extremamente importante, por exemplo, que um profissional de saúde, ao assistir um paciente, lave as mãos para em seguida atender outro usuário. Assim, evita a contaminação cruzada”, explica a médica infectologista, pesquisadora e professora em controle de infecção hospitalar do Ipec, Marisa Zenaide R. Gomes.

Segundo Marisa, lavar as mãos é um ato simples que impede os microorganismos de passarem de um lado para o outro. “Quando uma bactéria invade um organismo debilitado, causando as temíveis infecções hospitalares, pode até levar à morte do paciente, pois no Ipec lidamos com indivíduos com doenças infecciosas, como tuberculose e Aids. Por isso, sensibilizamos os profissionais de saúde, pacientes e familiares da importância desse cuidado”.

A médica ressalta ainda que uma infecção hospitalar é temida por causa da resistência bacteriana. “Essa resistência vem causando preocupações à sociedade científica. Ao lado da emergência de bactérias multirressistentes, as estafilococcias se apresentam como um dos problemas que atingem os hospitais na atualidade. Os médicos deparam-se com situações clínicas nas quais existem poucas alternativas terapêuticas. Tudo isso pela resistência aos antibióticos. A freqüência de infecções por agentes como o MRSA (Staphylococcus aureus, resistente a meticilina/oxacilina) tem sido reconhecida como um indicador de qualidade da assistência prestada, ou seja, níveis elevados desta infecção estão associados à não observância de medidas básicas de prevenção e controle de infecção hospitalar, entre elas a lavagem de mãos”, detalha Marisa.

A prevenção e o controle de infecções hospitalares causadas por cepas resistentes envolvem medidas básicas como a higienização das mãos antes e após o contato com os pacientes e superfícies hospitalares,  depois do contato com material biológico como sangue e líquidos corporais, antes e após o uso de luvas, antes e após qualquer procedimento invasivo, antes de se alimentar e após o uso do banheiro e, sempre que necessário para evitar a contaminação cruzada. “Eu reforço que lavar as mãos é uma medida de prevenção não só das infecções hospitalares, mas de qualquer infecção. Isso vale para qualquer pessoa. Lavar as mãos nas situações certas, de forma correta, evita que se pegue doenças como, por exemplo, a conjuntivite”, reforça a infectologista.
Quando lavar as mãos
· Ao chegar em casa
· Antes das refeições
· Após assoar o nariz
· Após manusear dinheiro
· Antes e após usar o banheiro
· Antes de preparar os alimentos
· Depois da limpeza da casa
Como lavar as mãos
· Molhar as mãos e com uma porção de sabão líquido, friccionar uma na outra
· Limpar as partes mais escondidas das mãos, entre os dedos, embaixo das unhas e entre as pregas das palmas das mãos
· Limpar o dorso e os pulsos também
· Enxaguar as mãos retirando totalmente o resíduo de sabão
· Enxugar bem as mãos com papel-toalha
· Fechar a torneira utilizando o papel-toalha

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Comportamentos que colocam
em risco a
saúde


Médicos passeando nas ruas com jalecos que deveriam ser de uso exclusivo nos hospitais.


FONTE

TV Cultura

Links referenciados

TV Cultura
www.tvcultura.com.br
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