A foto do Google mostra um exemplar de guapuruvu com mais de 30 metros de diâmetro de copada, em pleno centro da cidade de São Borja. Era uma referencia. Veja abaixo o que fizeram com a árvore. |
Com mais de um metro de diâmetro, o tronco do guapuruvu imponente sustentava uma copa de flores amarelas nas primaveras de São Borja. Por Darci Bergmann |
Os lotes urbanos bem arborizados de São Borja estão se tornando raros. Fato comum em muitas outras cidades brasileiras. As construções geram conflitos com as grandes árvores, algumas centenárias. Na briga por espaço, as árvores saem perdendo. Nem a legislação consegue frear o ímpeto imobiliário que devasta o verde urbano. A legislação que protege é a mesma que pode legitimar o corte de árvores, dependendo de como a lei é interpretada.
Uma alegação frequente é que a construção civil gera emprego e renda e as árvores não deveriam atrapalhar essa possibilidade. Apesar dos avanços na legislação ambiental, a sociedade em geral ainda tem uma visão de progresso que não inclui os serviços ambientais proporcionados pelas árvores urbanas. Talvez, por isso, a remoção de grandes árvores seja ainda aceita pela maioria das pessoas. E o pior, no caso de algumas cidades, é que os gestores públicos não se preocupam em compensar as perdas das áreas verdes particulares com a implantação de espaços públicos arborizados. O desconforto das altas temperaturas nas áreas densamente edificadas talvez deflagre uma revisão de conceitos. Muitas vezes, um bem só é valorizado quando já o perdemos. Foi assim com as matas e os bichos das nossas infâncias. Talvez seja assim com as últimas árvores de grande porte das nossas cidades. Nessa época de escancarada fanfarra com dinheiro público, bem que a sociedade poderia cobrar dos gestores municipais maior empenho na preservação das nossas árvores e na implantação de mais áreas verdes.
Um comentário:
Eu tambem fiquei muito triste com essa noticia, eu gostava muito dessa arvore!
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