O atual reitor da Universidade Federal de Santa Maria, Felipe Müller, passará à história como exterminador de terras públicas. Numa atitude desonrosa às tradições da UFSM e à memória do grande líder e reitor José Mariano da Rocha, a atual gestão da UFSM vendeu ao INCRA uma gleba de terras com mais de quatrocentos hectares, situadas em São Borja, a pouco mais de mil metros do perímetro urbano. O cambalacho já foi denunciado aqui neste blog. As terras foram repassadas pela União à UFSM, conforme decreto-lei nº 707, de 25 de julho de 1969 e tinham como objetivo claro a educação e a pesquisa no campo das ciências agrárias, visando ainda o desenvolvimento da Fronteira Oeste do Estado.Por muitos anos, a gleba foi administrada pela FEPAGRO Cereais de São Borja, parceira mencionada no decreto de doação e que atendia parte da demanda na pesquisa. Faz poucos anos, a comunidade regional se mobilizou na tentativa de implantar uma unidade da EMBRAPA. Outros pleitos da comunidade foram ignorados pela reitoria da UFSM. As terras poderiam ser destinadas à UNIPAMPA, que tem um campus em São Borja e à UERGS. Em Itaqui existe uma unidade da UNIPAMPA, com cursos de Agronomia e Nutrição, em pequena área de 10 hectares. Esses cursos poderiam utilizar as terras que foram repassadas à UFSM, mantendo assim os objetivos do decreto. A reitoria da UFSM preferiu ignorar a finalidade do decreto, num desrespeito à São Borja e região e corrompendo os princípios da instituição que é o ensino público.
Estranha omissão do Ministério Público Federal
Um procurador do MPF, em Santa Maria, recebeu representação para que fosse mantida a destinação das terras para o fim específico de ensino e pesquisa. Segundo informações, o procurador teria ficado 'satisfeito' com as explicações do reitor da UFSM e arquivou o procedimento. O caso parece não terminar por aí porque será impetrada ação direta na Justiça Federal. Circulam rumores de que o citado procurador tem laços de amizade com o reitor Felipe Müller.
A politicagem dentro da UFSM
Fontes que pedem sigilo de seus nomes revelaram que a maracutaia das terras teria sido maquinada pelo reitor e seus apoiadores numa tentativa de cooptar a oposição dentro da UFSM. O reitor Felipe Müller concorreu para o cargo enfrentando outro candidato oriundo do Centro de Ciências da Saúde. O grupo de Felipe Müller quer a reeleição e para isso precisa abrandar os opositores e até mesmo cooptá-los. Felipe Müller vendeu as terras da UFSM para construir um prédio destinado ao curso de Odontologia, tentando com isso fazer média para a reeleição. O exterminador de terras públicas, ao invés de buscar recursos de outras fontes, optou pela dilapidação de patrimônio, história e tradição da UFSM, tudo por interesse próprio de permanência no cargo. Realmente, a reitoria da UFSM, no atual momento, tem cheiro de podridão.
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