Por Darci Bergmann
Dentre as árvores que tem boa resistência às ventanias, a
guajuvira* se destaca, devido à flexibilidade do caule e dos ramos. Outra
característica é que as mudas plantadas no campo são de bom 'pegamento', desde que recebam algumas regas caso as chuvas se tornem escassas, pelo menos até os quatro meses seguintes ao plantio. A partir daí já se mostram mais tolerantes à escassez de chuvas.
O crescimento da espécie é lento. Para acelerar o
desenvolvimento, os cuidados começam no plantio. Covas amplas, com dimensões de
0,60m x 0,60m x 0,60m, e adicionando de 20 a 50 litros de esterco ou composto orgânico
misturado à terra, proporcionam condições para que as raízes se expandam ràpidamente.
Na zona rural, as covas podem ter
dimensões menores, em torno de 0,40m x 0,40m x 0,40m e pelo menos 20
litros de material orgânico.
A sombra proporcionada pela guajuvira é considerada das
melhores entre as espécies nativas. Essa qualidade recomenda que ela seja
utilizada em projetos de arborização, mesmo nas áreas urbanas. O sistema
radicular dificilmente causa problemas. Nas ruas, ela pode ser plantada em
canteiros centrais ou nos passeios públicos, nos locais livres da rede
elétrica.
A madeira é de excelente qualidade e com muitas aplicações,
desde móveis até cabos de ferramentas. Muitos indígenas confeccionam arcos com
a madeira de guajuvira.
No aspecto ecológico, chama atenção que as mudas podem ser
plantadas a sol pleno ou em meio às capoeiras.
A ramagem intensa e fechada permite que muitas espécies de aves façam ninhos, inclusive
nas plantas mais jovens. As flores brancas e perfumadas são melíferas. As sementes se propagam pela
ação do vento – anemoscoria.
*Guajuvira: nome científico atual Cordia americana (L.) Gottshling & J.E. Mill.
Antes Patagonula americana (L.)
Família: Boraginaceae
Possui diversos nomes populares: guaiabi, apé-branco, guajura, guaiuvira, guajubira, pau-darco. Os descendentes de alemães chamavam-na de schwarzhertz, palavra derivada de schwarz=preto e hertz=coração. Ou seja: coração preto, em alusão ao cerne de cor escura da madeira.
A espécie é nativa em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
Desde pequena, a guajuvira já fornece condições para a nidificação de muitas espécies de aves, de- vido à intensa ramificação. |
*Guajuvira: nome científico atual Cordia americana (L.) Gottshling & J.E. Mill.
Antes Patagonula americana (L.)
Família: Boraginaceae
Possui diversos nomes populares: guaiabi, apé-branco, guajura, guaiuvira, guajubira, pau-darco. Os descendentes de alemães chamavam-na de schwarzhertz, palavra derivada de schwarz=preto e hertz=coração. Ou seja: coração preto, em alusão ao cerne de cor escura da madeira.
A espécie é nativa em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
Outras fontes: Flora Digital do Rio Grande do Sul
4 comentários:
Muito boas as informações sobre a Guajuvira!
Bom dia. Me chamo Marcel Wesz. Tenho uma admiração enorme por essa espécie. Na casa dos meus avós, localizada na cidade de Jaguari-RS, existem diversas arvores dessa espécie. Esse carinho iniciou-se na infância quando brincávamos debaixo dessas.Me mudei para o litoral Gaúcho a pouco tempo e gostaria de saber se é possível o plantio dessa árvore nessa região através de mudas, visto que o solo é arenoso e pobre. Também gostaria de saber se é um erro trasplantar essa especie para a região no sentido de prejudicar a fauna local. Desde já, muito obrigado. Abraço
Tem fruto?
A guajuvira pega se plantar um galho no chão
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