As guajuviras acima, já adultas, estão livres dos tubos de concreto. Não causaram dano ao passeio público. Fornecem ótima sombra e são orgulho do gaúcho Adão Belmonte. Foto: 30-03-2013, São Borja-RS |
Por Darci Bergmann
Seguidamente constato a utilização de tubos de concreto para o plantio de árvores nos passeios públicos. A justificativa seria para direcionar as raízes às partes mais profundas do solo e com isso se evitariam danos às calçadas. Um tubo nessas condições é uma espécie de 'camisa de força'. Ele causa limitação das raízes, assim como os vasos. Mas tem inconvenientes que talvez não recomendem a sua utilização. Vejamos: 1) Em algumas espécies arbóreas, as raízes, ao atingirem as paredes lisas do tubo, desenvolvem-se em círculos para depois se aprofundarem. Nesse caso, a estabilidade da árvore pode ficar comprometida. 2) Em outras espécies, o sistema radicular pode sofrer diferentes deformações. 3) Existem também aquelas espécies cujas raízes exercem pressão sobre as paredes dos tubos, rachando-os. Pelas rachaduras, as raízes atingem o solo além do tubo. 4) O pavimento das calçadas é levado até a borda superior do tubo, deixando pouca área livre para infiltração da água.
As situações referidas são frequentes e não atingem os resultados pretendidos. Além do mais, induzem ao gasto desnecessário.
Outras alternativas: A prática tem demonstrado que as covas com cantos em esquadro, aquelas com ângulos de 90°, permitem melhor desenvolvimento das raízes.
Espécies de pequeno porte não necessitam dispositivos de contenção de raízes.
Para elas e a maioria das espécies de médio porte, recomenda-se que o centro da cova fique a 0,60 m do meio-fio.
Quanto às dimensões das covas, é recomendável que sejam de 0,60 metros em cada lado e também 0,60 metros de profundidade.
Para as espécies ipê-roxo, sibipiruna, canafístula e outras de porte equivalente, recomendam-se covas com 0,80 metros de lado e de profundidade. Pode parecer um exagero, mas as árvores se desenvolvem melhor e adquirem mais estabilidade.
Espécies de pequeno porte não necessitam dispositivos de contenção de raízes.
Para elas e a maioria das espécies de médio porte, recomenda-se que o centro da cova fique a 0,60 m do meio-fio.
Quanto às dimensões das covas, é recomendável que sejam de 0,60 metros em cada lado e também 0,60 metros de profundidade.
Algumas espécies arbóreas de médio porte e a maioria das de grande porte exigem maior tamanho das covas. |
Para as espécies ipê-roxo, sibipiruna, canafístula e outras de porte equivalente, recomendam-se covas com 0,80 metros de lado e de profundidade. Pode parecer um exagero, mas as árvores se desenvolvem melhor e adquirem mais estabilidade.
Formato das covas
A observação cuidadosa mostra que as covas com cantos vivos, ou seja, com ângulos em 90°, são as mais indicadas. Elas permitem uma melhor distribuição das raízes.
Cinta com tijolos
Recomenda-se também fazer uma espécie de cinta com tijolos, em sistema de cutelo, nas quatro paredes. A cinta, com altura média de 0,30 metros, deve ficar no mesmo nível do solo no entorno. É recomendável que seja rebocada por dentro. As raízes, ao atingirem a parede de tijolos, direcionam-se aos cantos e dali se aprofundam. Essa técnica é mais barata e mais eficiente que a colocação dos tubos de concreto.
Exemplar de pau-ferro-do-norte (Caesalpinia ferrea, var. leiostachya). Cova ampla,distância adequada do meio-fio e área livre em torno da planta evitam aflora- mento das raízes. |
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