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14 de setembro de 2012

Quando o poder público depreda


Por Darci Bergmann

O mesmo poder que concede o licenciamento ambiental pode ser o responsável por danos ao patrimônio das pessoas e ao meio ambiente. As reclamações já são rotineiras. Obras e serviços feitos na tropelia pela Prefeitura de São Borja são alguns exemplos dos danos sofridos pelos moradores. Nem as árvores escapam dessa volúpia obreira às vésperas das eleições que ocorrerão em 7 de outubro deste ano de 2012.
A prefeitura quer 'mostrar serviço'. Iniciou obras em diversos locais, mas ninguém sabe se elas vão continuar depois das eleições e se há recursos para isso. 
Alguns moradores, inconformados com a destruição de passeios públicos, muros, grades e retirada de árvores sem necessidade, estão procurando na justiça a reparação dos danos.

Este é o caso da senhora Catarina Barbosa dos Santos, moradora da Rua Anselmo Campos da Rosa, nº 582, que me comunicou sobre os prejuízos causados pela municipalidade de São Borja. Fui ao local e constatei a veracidade dos fatos. A obra pretendida era uma rede coletora pluvial. Apenas uma árvore -  uma canela-de-tempero - precisaria ser removida. A equipe dos trabalhos mostrou 'documento' licenciando a remoção de mais duas  árvores: um pé de manga em floração e um pé de ipê-roxo, árvore-símbolo de São Borja. Não havia conflito dessas árvores com a rede elétrica e nem atrapalhariam a passagem dos tubos da rede coletora. Foram removidas assim mesmo. 
Nem o passeio público foi poupado pelo 'vandalismo oficial'. 




Fica a pergunta. A Prefeitura Municipal de São Borja vai ressarcir a proprietária?. Vai plantar alguma muda no local como medida compensatória da depredação do verde público?

3 de outubro de 2010

Esbanjamento

Por Darci Bergmann

Hoje é um dia especial. Dia de escolher os governantes e legisladores do País. Mas como é difícil escolhe-los quando um dos critérios é a responsabilidade ambiental. No clarear do dia, fui dar uma espiada na rua em frente à minha casa e fiquei decepcionado com a cena: os passeios públicos, as sarjetas, as ruas enfim, estão repletas de papéis de propaganda eleitoral. São os famosos ¨santinhos¨. Alguns confeccionados em papel branco, outros em papel do tipo acetinado e muito poucos em papel reciclado. O simples fato de serem jogados aos milhares em vias públicas já é um esbanjamento inaceitável. Esse é o retrato fiel da maioria dos pretendentes a cargos eletivos no Brasil. As promessas de probidade no trato da coisa pública e do respeito às leis já é quebrado antes mesmo da posse de qualquer eleito. Ainda vamos levar um bom tempo até que tenhamos a maioria dos candidatos realmente comprometidos com a questão ambiental. É aquele velho ditado: o discurso é um e a prática é outra.
Penso que os candidatos poderiam planejar as suas campanhas com um enfoque voltado para o respeito à sustentabilidade ambiental e dentro de um conceito de não esbanjar recursos financeiros auferidos na campanha. Assim, estariam prestando um grande serviço ao Brasil e à humanidade. Mesmo os que não se elegessem participariam de uma cruzada cívica que seria também uma  aula de educação ambiental. Milhares de assesores de campanha estariam sendo educados num exercício de respeito à legislação. Isto é importante porque muitos deles depois ocuparão cargos nas esferas da administração pública ou nas casas legislativas.
Tem ainda a questão da poluição sonora. A maioria dos candidatos e seus seguidores não respeita a legislação pertinente. A barulheira é tanta que alguns eleitores  ficam irritados. Alguns deixam de votar nos candidatos que abusam com a propaganda barulhenta. Aos poucos a sociedade reage às condutas nada recomendáveis de políticos acostumados a mentir e a não respeitar a privacidade das pessoas.
Chegará o dia em que o eleitor será mais consciente. Então os políticos esbanjadores terão de arrumar  outros empregos, longe dos cofres públicos.