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29 de junho de 2013

WWF publica estudo sobre incentivos por serviços ambientais

Acre, Brasil. Foto: Pedro França /MinC
Fonte:((o))eco
28/06/2013
A WWF-Brasil, em parceria com o governo do Acre, lançou na manhã desta sexta-feira (28) a publicação “O Sistema de Incentivos por Serviços Ambientais do Estado do Acre”, estudo que aborda a experiência do estado do Acre ao explorar ferramentas que incentivam a manutenção da floresta em pé.

O pagamento monetário para a manutenção de florestas é um incentivo econômico para a série de benefícios da manutenção desse ecossistema, como equilíbrio climático, fixação de CO2 feito pelas árvores e plantas, preservação de rios e encostas. No Acre, há 14 anos o governo estadual começou a implementar uma série de políticas socioambientais de modo a incentivar o uso sustentável da floresta.

É essa experiência que o estudo analisa, identificando os processos de construção do programa estadual, que inclui o regime de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), cujo desenho é considerado um dos mais avançados do mundo.

O objetivo é compartilhar a experiência do Acre, que pode servir de inspiração para o desenho desses regimes em outros lugares.

O evento de lançamento da publicação aconteceu às 9h da manhã desta sexta-feira (28), na Biblioteca da Floresta, em Rio Branco, Acre.

Leia a publicação WWF

7 de fevereiro de 2013

Gigante da indústria papeleira promete não desmatar mais florestas na Indonésia

Fonte: DW.DE

APP descumpriu promessas feitas no passado
 de preservar áreas florestais

Após pressão de organizações ambientalistas, a Asia Pulp and Paper se comprometeu a explorar madeira de forma sustentável. Companhia teria destruído dois milhões de hectares de mata nativa nos últimos 30 anos.

As exuberantes florestas da ilha de Sumatra, na Indonésia, têm sido submetidas a uma das mais velozes atividades de desmatamento do planeta. Tratores de empresas como a Asia Pulp and Paper (APP), de Singapura, derrubaram as florestas e deixaram para trás uma terra revirada, tirando o habitat de elefantes, tigres e orangotangos.
As árvores são usadas para produzir papel higiênico, papel-toalha, guardanapos e lenços de papel para consumidores do Ocidente. De acordo com a organização ambientalista WWF, a APP e suas fornecedoras seriam responsáveis, em Sumatra, por uma devastação maior do que qualquer outra empresa.
"Desde que começou suas atividades, em 1984, acredita-se que a APP e suas afiliadas tenham devastado mais de dois milhões de hectares de floresta tropical em Sumatra, e recentemente começaram um desmatamento intenso no oeste e leste de Kalimantan", afirmou Michaell Stuewe, biólogo da WWF, em entrevista à DW.

Orangotangos perderam o habitat na Indonésia
após várias áreas terem sido devastadas
Novo acordo de proteção florestal
Agora, os tratores da gigante do papel e celulose silenciaram. Em um novo acordo, intermediado pela ONG Forest Trust, a APP anunciou que vai acabar com a devastação de florestas em sua cadeia de fornecimento na Indonésia. A companhia prometeu trabalhar apenas em regiões onde não há florestas e afirmou que vai proteger áreas de turfa, que acumulam quantidades significativas de carbono.
A empresa ainda concordou em respeitar os direitos dos povos indígenas que vivem nas áreas onde as novas plantações foram sugeridas. Por meio de um comunicado, a diretora de sustentabilidade da APP, Aida Greenbury, declarou: "Nossa nova política de conservação florestal nos coloca no caminho para nos tornarmos líderes globais no ramo de papel produzido exclusivamente com fontes sustentáveis".
Sob pressão
A reviravolta da Asia Pulp and Paper no que diz respeito à proteção de florestas é resultado direto de uma campanha encabeçada pelo Greenpeace. Em 2011, a organização ambientalista apresentou evidências de que árvores ramin da floresta da Indonésia foram derrubadas, cortadas e se transformaram em papel. Essas árvores crescem em pântanos de turfa, onde tigres de Sumatra costumam caçar. É proibido cortá-las.

APP teria desmatado mais de dois milhões
 de hectares de floresta tropical 

O Greenpeace citou ainda o nome de 11 empresas que fazem negócios com a APP – muitas, incluindo grandes marcas como Danone, Xerox e Tchibo, suspenderam seus contratos com a papeleira. Na Alemanha, muitas editoras receberam pedidos para participar do boicote ao se descobrir que vários livros infantis haviam sido impressos com papel originário das florestas da Indonésia.
"A pressão do Greenpeace surtiu grande efeito", afirmou Julien Troussier, diretor de comunicação da Forest Trust, organização não-governamental que ajuda empresas a melhorar seu desempenho com relação ao meio ambiente. Troussier disse à DW que a campanha pelo boicote foi um passo importante, mas também foi essencial apoiar a empresa na transição para adotar práticas sustentáveis.
Ainda não se sabe se a APP será capaz de reconquistar sua base perdida de clientes. "As ações da APP não corresponderam à nossa visão de obter lucro de maneira ambientalmente viável", explica Stefan Dierks, gerente sênior de responsabilidade corporativa da empresa alemã Tchibo.
Ele diz que sua empresa tem conhecimento das ações da companhia asiática para acabar com o desmatamento de florestas nativas em sua cadeia de fornecimento. Quando perguntado se iria retomar os contratos com a APP, Dierks disse apenas que a Tchibo louva a decisão da APP e que observará o progresso da companhia.

APP descumpriu promessas feitas no passado de
 preservar áreas florestais

Mudança ou maquiagem?
Cientistas do Centro para Pesquisa Florestal Internacional, na Indonésia, dizem que a APP já fizera promessas sobre manejo florestal sustentável no passado e continuou destruindo grandes florestas de turfas.
"Esperamos que desta vez a empresa cumpra o que prometeu", afirmou o biólogo Michael Stuewe, da WWF. "Mas pedimos aos clientes que esperem a confirmação dessas promessas por meio de um monitoramento independente, realizado pela sociedade civil, antes de voltar a fazer negócios com a APP."
Troussier, no entanto, está mais otimista. Ele concorda que a companhia falhou em cumprir promessas no passado, mas afirmou que, desta vez, especialistas em proteção florestal estarão presentes para monitorar as operações.
"O nível de comprometimento é bastante diferente", afirmou o diretor de comunicação da Forest Trust. " O nível de transparência é diferente. Eles deram às ONGs acesso aos dados. Estamos bem informados sobre as operações deles, da plantação à industrialização. Há satélites monitorando as áreas para ter certeza de que o compromisso está sendo respeitado. Sentimos que esse é um ponto de virada para a companhia, para as florestas da Indonésia e para o mundo."
Autora: Saroja Coelho (msb)
Revisão: Francis França

DW.DE


9 de outubro de 2012

Intervenção humana ameaça biodiversidade em Madagascar




Cerca de 85% das espécies que vivem na quarta maior ilha do mundo existem apenas lá. Mas as mudanças climáticas e a atividade humana ameaçam esse ambiente singular.
Madagascar fica localizada a leste do continente africano, no Oceano Índico. Lá, flora e fauna desenvolveram-se em completo isolamento, porque ao longo da formação do planeta a ilha se desprendeu do continente africano. O resultado é uma riqueza biológica muito especial.
De acordo com a organização ambientalista WWF, 85% das espécies existentes na ilha são endêmicas, isto é, existem apenas lá. Entre elas estão os lêmures - das cerca de 100 espécies diferentes existentes na ilha, cerca de 30 estão na lista de espécies amea­çadas. Seu significado religioso para a população nativa é expressivo. Grande parte da população acredita que as pessoas se tornam lêmures depois da morte. Não é por acaso que eles são também chamados de "espírito da floresta".
Além disso, quase todas as espécies de cobras, sapos, camaleões e lagartixas são consideradas endêmicas. O tesouro biológico abriga cerca de 250 espécies de pássaros e 3 mil de borboletas. A variedade da flora também é única: 80% das 12 mil espécies conhecidas de plantas com flores existem apenas em Madagascar, assim como cinco das seis espécies de baobá, também conhecido como árvore pão-de-macaco. Cientistas suspeitam que nas poucas áreas com floresta virgem que ainda existem, haja muitas espécies animais e vegetais que ainda nem foram catalogados.

Lêmures são espírito da floresta

Mais pessoas – menos floresta
Cerca de 20 milhões de pessoas vivem em Madagascar, e o número de habitantes aumenta em cerca de meio milhão por ano. Como a população vive principalmente da agricultura, mais e mais terras são preparadas para o cultivo e a pecuária, na maioria dos casos por meio da queimada de florestas. Além disso, muitas árvores são cortadas para a produção de lenha e combustível.
Isso tem efeitos dramáticos sobre a paisagem. A floresta, que já chegou a cobrir 90% da superfície de Madagascar, hoje ocupa apenas 10% do território, segundo dados da WWF. E a cada ano são derrubados 120 mil hectares de árvores. Se continuar nesse ritmo, em 40 anos Madagascar não terá mais árvores, projeta a organização ambientalista.
Biodiversidade ameaçada
Com a perda das florestas, perde-se cada vez mais o habitat de plantas e animais. "Se elas [as florestas] não forem salvas, perderemos inúmeras espécies que sequer conhecemos“, diz a especialista em Madagascar da WWF, Dorothea August. A espécie de lêmure mirza, descoberta recentemente, é um exemplo dos segredos que as florestas de Madagascar ainda abrigam.
"Se a destruição não for impedida, os dias de muitas espécies de animais e plantas estarão contados“, diz August. O crescente desflorestamento em Madagascar leva a uma gigantesca erosão. As consequências são deslizamento de terras, inundações, por um lado, e escassez de água devido ao ressecamento do solo. Essas transformações são favorecidas pelas mudanças climáticas globais.
Apesar de tudo, algumas espécies de plantas podem se adaptar. O baobá, por exemplo, pode armazenar até 500 litros de água em seu tronco e com isso sobreviver aos períodos de seca, que são cada vez mais frequentes.

Baobá consegue acumular até 500 litros de água e, com isso, sobrevive
melhor ao clima árido
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Fonte: Deutsche Welle
Autor: Po Keung Cheung (ff)
Revisão: Roselaine Wandscheer