2 de novembro de 2009

AS DERIVAS DE HERBICIDAS AMEAÇAM A DIVERSIFICAÇÃO DE CULTURAS

O agrônomo Sérgio Malgarim investiu no cultivo de viníferas finas e está preocupado com as derivas dos herbicidas e teme prejuízos. Silberto L. Grützmacher já foi vítima das derivas aéreas e faz campanhas para que haja o bom senso e apóia a proibição de alguns produtos. O advogado Modesto Guimarães também já teve prejuízos com as derivas aéreas e quer mais controle da aviação agrícola por parte das autoridades. Arlindo dos Santos, no Rincão da Cria cuidou de um bosque por mais de trinta anos e agora vê só os esqueletos das canafístulas, timbáuvas e outras árvores. Da mesma forma Clemente Souza, do Rincão de São Bento, próximo à FEPAGRO, amarga a perda das suas árvores – um mato inteiro está definhando. A ASPAN e a PATRAM documentam dezenas de casos de impactos ambientais por deriva de herbicidas. A ASPAN está encaminhando denúncia ao MP estadual e federal sobre a questão para o cancelamento do registro do GAMIT no MAPA e para providências quanto à venda e receituário irregular desse produto. Também quer a retirada de painéis de publicidade de agrotóxicos. Um desses painéis refere-se ao herbicida que está literalmente assassinando as nossas árvores – o GAMIT. Consta no documento da ASPAN ao MP:
1- Determinem Vs. Excelências à Prefeitura Municipal de São Borja a retirada do painel de propaganda de GAMIT, às margens da Av. Presidente João Belchior Marques Goulart. Igualmente a retirada de todos os painéis de publicidade naquela via, por crime ambiental – poluição visual. É uma desfaçatez que uma via pública que homenageia um ex-presidente da república, filho ilustre desta Terra, seja alvo de poluição visual consentida pelo Município. É um desrespeito à história de um povo e à memória de um ex-presidente que tinha consciência ambiental e ajudou a preservar os campos e as formações vegetais nativas nas suas propriedades. Agora em sua terra, uma avenida que lhe dá o nome ostenta descaradamente publicidade de um dos agrotóxicos que destrói as nossas matas nativas e é causa de fome de muitos dos seus filhos que vêem destruídos os seus cultivos de subsistência.
Propaganda de GAMIT na A. João Goulart – Apologia à degradação ambiental e um insulto à memória de Jango. Quem PERMITIU tal abuso?
Obs.: Ao escrever esta matéria este painel publicitário encontrava-se nas margens da Av. Presidente João Goulart, em São Borja, RS. A placa foi retirada, mas tenho informações de que em outras cidades tais anúncios continuam.

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