9 de maio de 2010

A BELA E HISTÓRICA ARQUITETURA DE SÃO BORJA

Foto: Ao fundo o histórico prédio Sotéia, de 1884, onde se hospedou o Conde D´Eu e possìvelmente D. Pedro II


                                                                                                                       Por Jarbas Felicio Cardoso

Uma das questões que me fazem visitar seguidamente São Borja é a família de minha esposa que lá reside. No entanto há outros fatores que também sempre me cativaram a conhecer e visitar esta terra, esta cidade! É seu peso e influência política na história do país, da áurea de cidade missioneira e fronteiriça, da participação na histórica e continental Guerra do Paraguay, de sua visibilidade no período imperial, de suas estâncias, e claro, posteriormente o titulo de terra dos presidentes.
A caminho de São Borja, gosto de contemplar sua rica geografia pampeana. Chegando lá, de caminhar na cidade por suas ruas, de tirar fotos de seus antigos prédios que me remetem ao passado e, penso eu, que devem envolver todos os seus visitantes em sua mística de seu rico passado. O passado histórico é de grande importância à questão turística da região, que ainda precisa ser explorado, pois sempre afirmo que essa questão se sobressai a tão só beleza da região serrana do Rio Grande do Sul. E claro que, dentro dessa questão histórica, há a questão da culinária e dos costumes locais que devem, por obrigação, estar presentes na questão turística.
Não sei, não quero me passar por um mero palpitante, o fato é que essa riqueza descrita acima da bela e histórica cidade de São Borja, que sempre me instigou a conhecer o local, não é explorada ao todo. Pois ao caminhar pela cidade vejo grande parte de seus prédios históricos ainda sem a devida manutenção e exploração, algo que me preocupa. Penso que estes imóveis poderiam ser mais bem conservados com restaurações que mantivessem a beleza original. Há belos prédios centrais que estão ruindo, clamando por atenção. Observo à comunidade e autoridades locais para esse cuidado, vejo que há um potencial imenso a ser explorado na esteticidade arquitetônica da cidade, que denomino de lusa-hispânica.
Por gostar de São Borja senti-me na obrigação de escrever estas poucas linhas para elogiar essa terra de hospitalidade e de riquezas culturais, mas também, para chamar a atenção da carência de conservação aos prédios históricos. A final, o que me levou a conhecer e me faz voltar seguidamente a São Borja, não são as novas casas, ou os novos e sofisticados projetos arquitetônicos, e sim as pessoas com a rica cultura fronteiriça e de farta hospitalidade, fruto do passado histórico que é materializado em sua arquitetura predial secular.
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Foto: Darci Bergmann, 09/05/2010


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