Qualquer pessoa, em qualquer tempo e lugar, pode ser uma defensora da natureza. Pequenas ações de todos nós podem fazer grandes diferenças quando o assunto é preservação do meio ambiente. Quantas vezes a gente ouve manifestações do tipo - eu gostaria de fazer alguma coisa pela natureza, mas não tenho terra para plantar árvores; eu gosto de animais, tenho um cão de estimação e cuido bem dele, acho que estou fazendo a minha parte; eu moro num apartamento e não posso me envolver com o problema do lixo, isso é com a prefeitura; as autoridades devem fazer mais pela natureza; a ciência e os cientistas é que podem salvar a natureza, eu nada posso fazer porque sou um leigo em meio ambiente; eu gosto de curtir um som alto e as outras pessoas que se danem. Esse tipo de manifestação revela um comportamento de quem acha que os outros devem fazer alguma coisa para salvar a natureza e que os outros são obrigados a aturar os nossos excessos.
Vamos examinar essas manifestações.
Eu gostaria de fazer alguma coisa pela natureza, mas não tenho terra para plantar árvores.
Mesmo quem não tem terras pode fazer alguma coisa pela preservação das florestas e do verde em geral. Como consumidor pode-se fazer escolhas. É possível adquirir produtos florestais oriundos de manejo sustentável. Pode-se reduzir o consumo de papel e optar pelo papel reciclado. Pode-se plantar árvores em vias e logradouros públicos. Os moradores de um bairro podem adotar uma praça, um parque ou arborizar as ruas, dentro das normas preconizadas pelo poder público. Poupar combustível derivado de petróleo diminui a emissão de CO² e isso tem a ver com as mudanças climáticas devido ao aquecimento global. As florestas são sensíveis às mudanças climáticas. Ora são as secas que assolam vastas regiões e expõem as florestas remanescentes às queimadas, ora são as chuvas excessivas que provocam deslizamentos de encostas, enchentes e outras mazelas. Sim, eu posso e qualquer pessoa pode fazer alguma coisa para salvar o que ainda resta da natureza. Não vamos jogar os problemas para os outros. Aqui e agora vamos agir, começando dentro da nossa casa. Se for preciso mudar algum comportamento, não se pode adiar a decisão. A preservação da natureza não se faz com discursos, mas com a firme vontade de agir.
Método alternativo para o plantio de árvores.
Quem dispõe de terras e quem não dispõe delas pode arborizar através da semeadura direta. É muito fácil e funciona para várias espécies. O princípio se baseia naquilo que a natureza já faz e nós podemos dar uma incrementada nesse processo. Antes repare o seguinte: ao longo dos aramados e sob a rede elétrica desenvolvem-se algumas espécies arbóreas chamadas pioneiras ou precursoras. Entre elas estão as aroeiras, toropis, taleiras, goiabeiras, etc. Algumas espécies se comportam como pioneiras e secundárias tardias e uma vez estabelecidas outras espécies que precisam da sombra das primeiras então ali podem se desenvolver, como os camboatás, pitangueiras, ipês e outras mais. Os aramados e a rede elétrica servem de poleiro para as aves e estas fazem a semeadura. Algumas sementes são pequenas e passam pelo trato intestinal das aves e são depositadas sobre o solo junto com os excrementos. Quando as sementes são maiores as aves e também os morcegos fazem a separação delas da parte comestível. Sementes de pitanga, camboatá, cereja, coqueiro jerivá entre outras são assim depositadas sobre o solo macegoso e algumas vão germinar.
Outras sementes são transportadas pelo vento e quando encontram condições favoráveis podem germinar. É o caso dos ipês, da canafístula, do angico e muitas outras.
Bem, a natureza nos ensina como fazer. Por quase trinta anos tenho o hábito de jogar sementes em áreas tipo faixa de domínio das rodovias, margens de rios, clareiras onde antes havia floresta, entre outras. Quando eu era menino, morava em Mondaí, Santa Catarina e ali haviam muitas goiabeiras ao longo das estradas no interior. As primeiras foram plantadas pelos agricultores e depois a natureza se encarregou de ampliar o plantio até as beiras das estradas. Aquilo era um banco de vitaminas A e C e quem transitava por essas estradas podia usufruir desse manancial de frutas. A cena descrita foi a idéia para que eu semeasse goiabas ao longo das estradas aqui na região de São Borja. Por centenas de vezes recolhi baldes das frutas caídas e as arremessei em áreas macegosas. Assim, milhares de goiabeiras surgiram saudáveis e produzem frutos para pessoas e animais. Os graxains também se alimentam de goiabas e as espalham para outras áreas. Com o tempo semeei outras espécies e formei até um túnel verde com a semeadura direta de frutos de cinamomo. Esse túnel hoje tem dezenas de espécies arbustivas e arbóreas, pois os cinamomos serviram de poleiro às aves e deram a sombra inicial para algumas espécies nativas.
Um amigo meu tem o hábito de semear os caroços de butiá ao longo das rodovias. Outro semeia os caroços de manga e tenho alguns seguidores que arremessam sementes de espécies nativas que tiverem à mão. Às vezes ocorrem imprevistos, como é o caso das queimadas. Aí é preciso refazer o plantio. Mas isso não é problema porque o gasto é doar um pouco do nosso tempo para uma causa nobre. Eu tenho absoluta convicção de que o Brasil será um grande horto florestal se mais gente sair da inércia e partir para uma ação de plantio de árvores. É claro que não se pode descuidar outras questões como as queimadas, corte irregular de árvores, etc. Mas está aí uma alternativa a ser implementada por aqueles que ainda acreditam que a natureza pode ser salva. Os pessimistas, os derrotados, os que sugam o planeta para alimentar a vaidade própria talvez não encontrem motivos ou inspiração para preservar um pouco mais a natureza do Brasil que já foi tão exuberante e cantada em prosa e verso. Minha sugestão vai às pessoas de boa vontade, brasileiras ou de outras moradas na grande querência planetária.
Eu gostaria de fazer alguma coisa pela natureza, mas não tenho terra para plantar árvores.
Mesmo quem não tem terras pode fazer alguma coisa pela preservação das florestas e do verde em geral. Como consumidor pode-se fazer escolhas. É possível adquirir produtos florestais oriundos de manejo sustentável. Pode-se reduzir o consumo de papel e optar pelo papel reciclado. Pode-se plantar árvores em vias e logradouros públicos. Os moradores de um bairro podem adotar uma praça, um parque ou arborizar as ruas, dentro das normas preconizadas pelo poder público. Poupar combustível derivado de petróleo diminui a emissão de CO² e isso tem a ver com as mudanças climáticas devido ao aquecimento global. As florestas são sensíveis às mudanças climáticas. Ora são as secas que assolam vastas regiões e expõem as florestas remanescentes às queimadas, ora são as chuvas excessivas que provocam deslizamentos de encostas, enchentes e outras mazelas. Sim, eu posso e qualquer pessoa pode fazer alguma coisa para salvar o que ainda resta da natureza. Não vamos jogar os problemas para os outros. Aqui e agora vamos agir, começando dentro da nossa casa. Se for preciso mudar algum comportamento, não se pode adiar a decisão. A preservação da natureza não se faz com discursos, mas com a firme vontade de agir.
Método alternativo para o plantio de árvores.
Quem dispõe de terras e quem não dispõe delas pode arborizar através da semeadura direta. É muito fácil e funciona para várias espécies. O princípio se baseia naquilo que a natureza já faz e nós podemos dar uma incrementada nesse processo. Antes repare o seguinte: ao longo dos aramados e sob a rede elétrica desenvolvem-se algumas espécies arbóreas chamadas pioneiras ou precursoras. Entre elas estão as aroeiras, toropis, taleiras, goiabeiras, etc. Algumas espécies se comportam como pioneiras e secundárias tardias e uma vez estabelecidas outras espécies que precisam da sombra das primeiras então ali podem se desenvolver, como os camboatás, pitangueiras, ipês e outras mais. Os aramados e a rede elétrica servem de poleiro para as aves e estas fazem a semeadura. Algumas sementes são pequenas e passam pelo trato intestinal das aves e são depositadas sobre o solo junto com os excrementos. Quando as sementes são maiores as aves e também os morcegos fazem a separação delas da parte comestível. Sementes de pitanga, camboatá, cereja, coqueiro jerivá entre outras são assim depositadas sobre o solo macegoso e algumas vão germinar.
Outras sementes são transportadas pelo vento e quando encontram condições favoráveis podem germinar. É o caso dos ipês, da canafístula, do angico e muitas outras.
Bem, a natureza nos ensina como fazer. Por quase trinta anos tenho o hábito de jogar sementes em áreas tipo faixa de domínio das rodovias, margens de rios, clareiras onde antes havia floresta, entre outras. Quando eu era menino, morava em Mondaí, Santa Catarina e ali haviam muitas goiabeiras ao longo das estradas no interior. As primeiras foram plantadas pelos agricultores e depois a natureza se encarregou de ampliar o plantio até as beiras das estradas. Aquilo era um banco de vitaminas A e C e quem transitava por essas estradas podia usufruir desse manancial de frutas. A cena descrita foi a idéia para que eu semeasse goiabas ao longo das estradas aqui na região de São Borja. Por centenas de vezes recolhi baldes das frutas caídas e as arremessei em áreas macegosas. Assim, milhares de goiabeiras surgiram saudáveis e produzem frutos para pessoas e animais. Os graxains também se alimentam de goiabas e as espalham para outras áreas. Com o tempo semeei outras espécies e formei até um túnel verde com a semeadura direta de frutos de cinamomo. Esse túnel hoje tem dezenas de espécies arbustivas e arbóreas, pois os cinamomos serviram de poleiro às aves e deram a sombra inicial para algumas espécies nativas.
Um amigo meu tem o hábito de semear os caroços de butiá ao longo das rodovias. Outro semeia os caroços de manga e tenho alguns seguidores que arremessam sementes de espécies nativas que tiverem à mão. Às vezes ocorrem imprevistos, como é o caso das queimadas. Aí é preciso refazer o plantio. Mas isso não é problema porque o gasto é doar um pouco do nosso tempo para uma causa nobre. Eu tenho absoluta convicção de que o Brasil será um grande horto florestal se mais gente sair da inércia e partir para uma ação de plantio de árvores. É claro que não se pode descuidar outras questões como as queimadas, corte irregular de árvores, etc. Mas está aí uma alternativa a ser implementada por aqueles que ainda acreditam que a natureza pode ser salva. Os pessimistas, os derrotados, os que sugam o planeta para alimentar a vaidade própria talvez não encontrem motivos ou inspiração para preservar um pouco mais a natureza do Brasil que já foi tão exuberante e cantada em prosa e verso. Minha sugestão vai às pessoas de boa vontade, brasileiras ou de outras moradas na grande querência planetária.
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