6 de julho de 2010

CÂNCER DE PRÓSTATA E AGROTÓXICOS

(informe de 01/05/2003, mas de grande interesse atual)

Estudo liga pesticida a câncer de próstata*


Pesquisadores do governo dos EUA disseram hoje que fazendeiros usuários de determinados tipos de pesticida têm mais chances de desenvolver câncer de próstata.

O estudo publicado no "American Journal of Epidemiology" revelou que o risco de desenvolver a doença é 14% maior nos homens que aplicam o pesticida do que nos demais homens.

Pesquisadores do NCI (National Cancer Institute), do National Institute of Environmental Health Sciences e da Agência de Proteção do Ambiente dos EUA estudaram 55.332 fazendeiros ou trabalhadores com câncer de próstata que lidavam com pesticida.

Segundo eles, entre 1993 e 1999, 566 homens desenvolveram o câncer, contra 495 que seriam normalmente esperados nos Estados americanos de Iowa e Carolina do Norte.

Os estudiosos descobriram que um tipo de pesticida, o metilbrometo, aumentou o risco de câncer de próstata em todos os homens.

Outras seis espécies de substâncias para o combate a pragas elevaram o risco nos homens com histórico familiar de câncer de próstata.

Mais de 220 mil homens norte-americanos já foram diagnosticados com câncer de próstata este ano, segundo a Sociedade Americana de Câncer, e 30 mil vão morrer em decorrência da doença.

Os principais fatores de risco do câncer de próstata são a idade e predisposição genética. O índice de homens negros com câncer de próstata é maior do que nos demais. Aqueles que comem muita carne vermelha e gordura animal, acredita-se, também têm maiores chances de desenvolver a doença.

Com agências internacionais

fonte: Folha Online - Ciência, 01/05/2003 - 19h41

*Notas de Darci Bergmann: 1) No Brasil não se tem até o momento muitas informações a esse respeito. Existe uma cortina de fumaça sobre a real periculosidade de alguns agrotóxicos. Muitos desses produtos são aplicados dentro das residências nas chamadas desinsetizações. Outras vezes estamos ingerindo verduras, frutas, cereais e outros alimentos com pequenos resíduos. A tudo isso somam-se substâncias químicas presentes na água e também no ar. Esse coquetel tóxico pode afetar a saúde a longo prazo. Por isso é bom consumir produtos comprovadamente orgânicos e evitar o quanto possível a aplicação de venenos. 
   2) Com relação ao consumo de carne vermelha, depois de 15 anos de quase abstinência desse produto, em todos os exames de sangue que fiz até este momento, não foi constatada anemia ferropriva. Fala-se muito na proteína da carne, mas o organismo humano sintetiza as proteinas a partir dos aminoácidos encontrados em outros alimentos de origem vegetal. Se não fosse assim, os grandes herbívoros não poderiam sobreviver. A produção de carne vermelha tem grande impacto ambiental. Além disso, a carne vermelha não vai contribuir para a melhoria da nutrição humana a nível gobal. Existe uma grande pressão da cadeia da carne vermelha sobre a opinião pública para passar a idéia de que ela é um alimento necessário. Tenho amigos que apreciam um churrasco. Alguns deles estão moderando o consumo, pois já concluiram que a carne vermelha é apenas uma extravagância gastronômica desnecessária a uma boa saúde. 

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