17 de julho de 2012

Os animais de estimação e os impactos ambientais (3)



Onça pintada:
Foto: Wikipédia


Animais retirados do seu habitat: um caso real com um filhote de onça


Por Melissa Bergmann


   Essa questão do cuidado com os animais domésticos é realmente muito delicada. As pessoas se apegam aos bichos, que são dóceis e as acompanham em suas vidas. Mas deve-se ter alguns cuidados, pois não se pode esquecer de que são animais, e não se deve tentar "humanizá-los". Há pessoas que capturam aves, serpentes ou outros animais para criá-los em suas casas, esquecendo-se de que a "casa" deles é o habitat natural, seja um bosque, um banhado ou a capoeira. Em uma visita a uma espécie de zoológico em Santa Maria, havia uma onça que foi capturada, quando filhote, por um médico no Pantanal, que a levou para criá-la em casa, junto com os cães. Acontece que o filhote cresceu e começou a devorar os cãezinhos. Sem saber o que fazer, o médico então doou o animal ao zoológico. Moral da história: os animais silvestres devem permanecer em seus habitats, e não ser domesticados.       Da mesma forma, o cuidado excessivo com os animais domésticos pode desencadear um desequilíbrio nos ecossistemas, aumentando sua população, e influenciando a passagem de outros animais de uma área a outra, ou atuando como predadores de seus ovos ou filhotes.   Assim, ao largar os filhotes de um animal em terreno alheio, ou alimentá-los, está-se promovendo o aumento de sua população de forma desordenada, o que aumenta também a proliferação de parasitas e doenças. Todo animal (doméstico)merece respeito, e por isso cada proprietário deve cuidar dos seus. 


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