22 de dezembro de 2012

IBAMA cede e aviação agrícola ameaça abelhas

Árvores nativas como a da foto acima atraem abelhas. As derivas
de agrotóxicos aplicados via aérea atingem as espécies vegetais em
floração nos entornos das lavouras. As abelhas são importantes
polinizadoras de espécies vegetais nativas e cultivadas.


    Por Darci Bergmann

   Em 19 de julho de 2012, o Diário Oficial da União, publicou ato do IBAMA, proibindo aplicações aéreas de agrotóxicos contendo os princípios ativos  Imidacloprid, Clotianidina, Tiametoxam e Fipronil.  A medida causou reação do setor da aviação agrícola e dos grandes produtores do agronegócio. Alegaram que as lavouras ficariam desprotegidas caso a medida vigorasse. Chegou a ser citado que estudos teriam revelado que as abelhas não se deslocam a mais de 250 m das suas colmeias em busca de néctar e pólen.

   Pressionado, principalmente pelo setor da aviação agrícola que perderia receita, o IBAMA voltou atrás. Em conjunto com o MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento**, publicou nova regulamentação, permitindo aplicações aéreas dos agrotóxicos citados. O ato coloca uma série de restrições, tais como limite do número de aplicações, proibição de uso em época de floração das culturas, altura de vôo das aeronaves não podendo ultrapassar os 4 m e outras mais.
  A leitura que pode ser feita é a seguinte. O IBAMA se rendeu ao bombardeio da aviação agrícola. Agora, as abelhas estão ainda mais ameaçadas, incluídas as espécies nativas. Portarias e normas dificilmente são cumpridas nas condições das imensas culturas de exportação como a soja, por exemplo. Quem realmente vai fiscalizar os serviços aéreos a campo?
   Há que se considerar ainda que nas aplicações aéreas executadas dentro das condições normais, existe o deslocamento de parte dos agrotóxicos para a as áreas no entorno das lavouras. É a deriva. Estudos da EMBRAPA mostram que até um quarto do agrotóxico pulverizado via aérea é perdido e se desloca para o ambiente, mesmo em condições ‘seguras’ de aplicação. Nisso reside um dos fatores de risco às abelhas. A cultura a ser pulverizada pode não estar em floração, mas outras espécies de plantas no entorno sim.
  Não há como negar. Pulverizações aéreas de agrotóxicos são mais impactantes ao meio ambiente. 


Abelha em espinilho (Vachellia caven)*

Espécies vegetais arbóreas e  herbáceas de pequeno porte são
comuns nas proximidades das lavouras. que são pulverizadas
com agrotóxicos.  
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Será que todas as empresas de aviação agrícola tem responsabilidade ambiental?



19 de dezembro de 2012

Como proceder em casos de intoxicação

   Veja a seguir algumas dicas valiosas

Tenha sempre à mão o disque - intoxicação, disponível para todo o Brasil:



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O governo do Rio Grande do Sul, com apoio de várias instituições, lançou um Manual de Prevenção de Intoxicação. Confira e divulgue.
















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MAIS INFORMAÇÕES






MEDICAMENTOS



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AGROTÓXICOS 
Talvez um dia eles sejam dispensados na maioria das culturas. Caso sejam utilizados, a EMATER - RS faz as seguintes recomendações:

















10 de dezembro de 2012

Árvore centenária foi comprada para continuar viva.




A mesma árvore em foto de 21-02-2013,
com floração reduzida. Dois anos antes
foram suprimidos ramos volumosos nas
proximidades do prédio ao lado.


Por Darci Bergmann

   Alguém seria capaz de comprar uma árvore em terreno que não lhe pertence só para preservá-la?

   Pois foi o que ocorreu comigo. Voltemos um pouco no tempo. Em fins da década de 1970, algumas árvores centenárias da cidade de São Borja foram derrubadas e transformadas em tábuas e lenha. Eram árvores nativas e um dos motivos alegados era o conflito com a rede elétrica de alta tensão. Pessoas ávidas por madeira e lucro fácil escolhiam árvores frondosas localizadas próximas às redes elétricas. Alguns proprietários, temerosos de sofrerem penalizações em casos de acidentes, vendiam tais árvores. A lei municipal ainda não estabelecia restrições de corte em terrenos particulares e a necessidade de laudos técnicos para comprovação de riscos à segurança pública.
  Um dos compradores e cortadores de árvores urbanas escolheu mal a sua última presa. A árvore que seria derrubada é uma canafístula, nome botânico Peltophorum dubium. O argumento utilizado pelo arboricida era o fato de que, por debaixo da enorme copada, cruzava a rede elétrica. Aquela árvore frondosa, rente ao passeio público, num terreno ao lado daquele que eu alugava, era a preferida para as rodas de mate, devido à  boa sombra nos dias quentes de verão. Quando chegava dezembro, iniciava a intensa floração amarela que se estendia até março ou abril. Um espetáculo deslumbrante da natureza.  Sem que eu soubesse, a senhora idosa e proprietária do terreno vendeu a canafístula. Mais tarde, alegou-me que tomara tal decisão por medo de ser multada pela concessionária de energia elétrica, alertada que fora pelo comprador da árvore.
  O dia era da árvore, não do cortador.
 Era por volta das duas da tarde. Saí com minhas tralhas de topografia, ainda no tempo do teodolito, da trena e das balizas, para demarcação de uma área de campo. A poucos quilômetros da cidade, deparei-me com a falta de alguns equipamentos e dei volta. Ao retornar à minha empresa, percebi algo estranho na canafístula do terreno ao lado. Uma escada junto ao tronco, serra, um machado, cordas e, lá no alto da copa, um sujeito cortando galhos grossos com serrote de mão. Indagado sobre o que fazia, respondeu-me que comprara a árvore e iria derrubá-la. Primeiro tiraria os galhos e depois derrubaria o tronco. Argumentei que a operação era de risco e que ele descesse da árvore, com o que ele não concordou. Disse-lhe que eu iria acionar a Brigada Militar. O sujeito, enfurecido, desceu da árvore, deu de mão no machado e, ameaçando agressão, aos berros disse que ninguém o impediria de cortar o que era seu. Diante da agressão iminente, muni-me das balizas de ferro e não arredei pé, esperando o agressor. Em volta, dezenas de pessoas acompanhavam o desenrolar dos fatos, temendo uma peleia. Acuado e vendo que eu não demonstrara medo, o cortador de árvores propôs um acordo. Queria me vender a canafístula ao dobro do que pagou, alegando prejuízos e serviços de terceiros já acertados. Diante do impasse criado e até porque eu tinha pressa, aceitei a proposta. Comprei a árvore com recibo passado, perdido numa dessas caixas de badulaques. Assumi perante a senhora proprietária do terreno a responsabilidade por eventuais situações de risco.
Mais tarde, na condição de vereador, a canafístula e outras cinco árvores de grande porte, foram declaradas imunes de corte.
  O episódio acima circulou de boca em boca e afastou por um bom tempo os cortadores de árvores urbanas.
   Conhecedor do fato, José Celso Aquino Marques*, em 26 de março de 2009, assim se expressou:
 Décadas de atuação de Darci Bergmann na defesa do interesse público são a prova mais cabal e veemente dos elevadíssimos princípios éticos que norteiam a sua conduta. Um fato pitoresco ocorrido lá por 1980 é uma pequena amostra desse desprendimento. Darci Bergmann alugava um terreno nas esquinas das ruas Aparício Mariense com a Gal. Canabarro, em São Borja. Num terreno ao lado, localiza-se uma árvore centenária da espécie canafístula. A proprietária do terreno vendeu a árvore para determinada pessoa que a transformaria em madeira de construção. Quando o comprador se preparava para derrubar tal árvore, Darci vinha chegando ao local e interferiu para que ela não fosse derrubada. Foi ameaçado de agressão, mas diante de inúmeras pessoas que estavam à volta, o comprador desistiu e propos ao Darci que lhe comprasse então tal árvore para livrá-lo do prejuízo. Darci Bergmann então, com anuência da proprietária que lhe passou um recibo, comprou uma árvore em propriedade alheia para que fosse preservada. Hoje ela está declarada imune de corte por lei municipal elaborada pelo próprio Darci Bergmann quando foi vereador

* José Celso Aquino Marques, professor aposentado da UFRGS, ex-presidente da AGAPAN

9 de dezembro de 2012

O melhor dos limões

O limão-cravo* é rico em vitamina C e auxilia no tratamento
do diabetes, por ser hipoglicemiante.
Por Darci Bergmann


  Algumas frutas se destacam pelas qualidades nutricionais e terapêuticas. Uma delas é a espécie conhecida como limão-cravo, nome botânico Citrus limonia. Rico em vitamina C, o limão-cravo possui também propriedades hipoglicemiantes, o que auxilia no tratamento contra o diabetes. Sendo assim, já é recomendado por muitos médicos. 
  A planta é rústica, e quando carregada de frutos maduros, apresenta um belo visual.
   O suco do limão-cravo substitui com vantagens o vinagre como tempero. Fornece muitos nutrientes importantes que o vinagre não tem. 
 Outro aspecto relevante de se utilizar o limão-cravo em substituição ao vinagre é a questão dos resíduos. As sobras do limão espremido decompõem-se com facilidade, podendo ser usadas na compostagem da parte orgânica do lixo. Já no caso do vinagre, as embalagens precisam uma destinação correta: a reciclagem a custos maiores. Os recipientes de vinagre jogados no ambiente causam sérios transtornos e são encontrados junto a outros resíduos sólidos nas periferias das cidades e terrenos baldios. 
  Pode parecer pouco. Mas são atitudes simples, como esta de utilizar o limão-cravo em substituição ao vinagre, que podem fazer a diferença se queremos de fato mais saúde para nós e para o Planeta.
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Mais sobre limão:
* Nota do Blog:: 1) Outros nomes populares: limão-rosa, limão-vinagre, limão-francês, limão-cavalo. 
2) Recomenda-se tomar o suco de limão imediatamente após ser espremida a fruta, pois a vitamina C   volatiliza com a temperatura ambiente.

3) Embora o limão tahiti seja o mais utilizado em bares e restaurantes, ele não teria as qualidades nutritivas e terapêuticas do limão-cravo.  

4) No site da Dra. Mariana Ferri D' Ávila, tem as seguintes informações:

Benefícios 
do Limão


“Essa fruta, tão comum no Brasil, não pode
faltar no nosso cardápio diário.”
Isso se deve pelo fato de ser um excelente
aliado da saúde, ajudando da prevenção e
tratamento de inúmeras doenças e melhorando
a qualidade física.
Quais benefícios podem ser associados ao consumo diário do limão?
• Existe um princípio ativo chamado d-limoneno (presente na casca), que ajuda a
combater a ansiedade, depressão, excesso de colesterol LDL (ruim), auxilia no controle
de ácido úrico e até mesmo previne o câncer.
• A fruta é rica em vitamina C, tiamina, riboflavina, fósforo, silício, cálcio e ferro. Todos
esses nutrientes desempenham papéis fundamentais para o organismo se manter
saudável.
• Outro benefício da fruta é para o sistema imunológico, que fica mais ativo contra
agentes nocivos. Sendo assim, esse alimento é poderoso para prevenção de gripes e
outras doenças virais.
• Para quem teme o ganho de gordura, o limão ajuda no emagrecimento (perda de
gordura) sem estimular o catabolismo (perda de massa muscular).
• Para aqueles praticantes de atividade física e atletas, estudos indicam que 1 copo de
limão com água pela manhã melhora a performance e a qualidade corporal.
• Nutrientes presentes no limão ajudam na prevenção de diabetes e hipertensão arterial,
 Fonte: http://www.marianaferridavila.com.br/dicas_pdf/beneficios-do-limao.pdf