10 de novembro de 2009

GAMIT: LIMITAÇÕES DE USO

Ministérios das áreas de agricultura, saúde e meio ambiente fazem recomendações sobre os agrotóxicos. No site www.anvisa.gov.br/agrosia ou no site agrofit as informações se referem aos dados constantes nas bulas dos produtos.
Com relação ao produto comercial GAMIT, existem restrições que pràticamente inviabilizam a aplicação do produto na maioria das lavouras do Brasil. No Relatório de Agrotóxico consta: LIMITAÇÕES DE USO: Não se recomenda aplicar Gamit a menos de 800m da cultura de girassol e milho e das seguintes atividades: hortas, pomares, viveiros, casas de vegetação (estufas), jardins, videiras, arboredos, vegetações ribeirinhas e outras nativas.
O texto não faz distinção entre aplicações terrestres e aéreas quando se refere às limitações de uso. No receituário agronômico deveria constar essa limitação de uso. Centenas de receitas foram examinadas e essas limitações de uso não aparecem. As receitas, na sua maioria, sao expedidas em série, apenas como uma formalidade burocrática. Na aparência, tudo parece sob controle. Na prática, produtos de alta volatilidade, como as formulações comerciais de Clomazone, estão liquidando centenas de espécies de plantas nativas.
AVIÂOZINHO DE PAPEL. Para muitas pessoas, o receituário agronômico perdeu a razão de ser. Vira aviãozinho de papel, assim como como alguns reltórios de vôo que destoam da realidade do que ocorre lá no campo. As aplicações aéreas de herbicidas à base de Clomazone e outros princípios ativos, na maioria das vezes, não respeitam as mínimas normas de segurança ambiental. Fiz diversos laudos periciais e constatei uma realidade preocupante. O modelo de agricultura que aí está nada tem de sustentável. O próprio nome que deram a isso -AGRONEGÓCIO - já mostra que a ética tem pouco peso quando se refere à saúde pública e meio ambiente. O negócio é produzir. Não importa o que, nem a que custo ambiental. Nessa linha de raciocínio, extermina-se a floresta amazônica, drenam-se os últimos banhados no Rio Grande do Sul e a vegetação nativa remanescente é aniquilada pela deriva dos herbicidas.

7 de novembro de 2009

APLICAÇÃO DE HERBICIDAS ANIQUILA ÁRVORES E HORTAS

O jornal a Folha Regional, edição de 06/11/2009, pág. 05, divulgou matéria sobre novas derivas do herbicida Gamit, princípio ativo Clomazone, em área urbana de São Borja, RS. Desta vez alguém aplicou o produto com pulverizador costal em um terreno e a deriva atingiu hortaliças nas áreas contíguas. O herbicida Clomazone é muito volátil e não há condição segura para aplicação. Prova disso é que os cinamomos (Melia azedarach), na Av. Leonel de Moura Brizola, estão com intensa clorose, na verdade albinismo, tal o branqueamento das folhas nessa época em que deveriam estar com o verde intenso para realização da fotossíntese. Os cinamomos foram atingidos pela deriva de Gamit aplicado por avião agrícola a mais de quatro mil metros de distância.
DEPOIMENTO DE UM PILOTO AGRÍCOLA
Um piloto me fez a seguinte revelação sobre o Gamit: depois de aplicar o herbicida numa lavoura de arroz em Itaqui, RS, colocou o macacão utilizado no vôo numa sacola e a entregou a uma senhora para que lavasse a peça de roupa. Dias depois, a pessoa encarregada de lavar o macacão comunicou ao piloto que as plantas no pátio da sua casa e folhagens no interior desta estavam com sintomas de branqueamento. A água da lavagem não fora usada para irrigar as plantas. A conclusão é óbvia e mostra que o herbicida Clomazone é extremamente volátil. Um produto assim pode continuar com registro para ser comercializado e utilizado?
O QUE DIZ A FMC, REGISTRANTE DO GAMIT
Neste ano de 2009, funcionários da FMC Química do Brasil Ltda visitaram a ASPAN, em São Borja,RS. Queriam esclarecer fatos ligados ao Gamit e o seu princípio ativo Clomazone. Isso porque houve mobilização da entidade e da minha pessoa em função das muitas ocorrências de deriva ligadas a esse produto. O Clomazone é o único herbicida que provoca clorose albina nas folhas, branqueamento que depois se torna um amarelo pálido e por fim a necrose. Mas os técnicos da empresa alegaram que estava havendo mau uso do produto e que as derivas também seriam causadas por outros herbicidas. Sim, outros herbicidas também causam derivas, se usados em condições desfavoráveis. Conheço os dois lados do balcão, porque já trabalhei com glifosato e outros produtos e inclusive com aviação agrícola no início dos anos 1980. Depois , em 1983, surgiram as normas técnicas da aviação agrícola, do Ministério da Agricultura, através da Portaria SNAD 009/1983 e do seu anexo. Em várias ocasiões não permiti que os herbicidas fossem aplicados, quase sempre devido às condições de velocidade e sentido do vento, às vezes devido à baixa umidade relativa do ar. Os pilotos das empresas recebem comissão sobre os serviços e nessas ocasiões ficavam contrariados. Outras vezes, as condições meteorológicas eram favoráveis para aplicação aérea e os trabalhos eram então iniciados. Mas na época da primavera, quando as pulverizações em arroz irrigado são mais frequentes, às condições do tempo mudam de uma hora para outra e o serviço deve então ser paralizado. Mas quantos o fazem. Pilotos e integrantes da equipe de terra, e às vezes o produtor, pressionam para que não haja paralização. Nessas condições acontece deriva com qualquer agrotóxico aplicado via aérea.
No caso do Gamit não há condição segura nem para aplicação terrestre nem por aviação agrícola. Esta é a questão. Por mais que as condições estejam favoráveis, o Clomazone provoca deriva. De nada adianta usar aditivo, mudar ângulo dos bicos ou aumentar o tamanho da gota. A simples revoada de uma aeronave com o sistema de pulverização fechado provova sintomas de branqueamento nas plantas mais sensíveis.
UM FATO INTRIGANTE
Certa vez um produtor apresentou-me um pulverizador costal que necessitava de reparos. O aparelho teria sido lavado e segundo o dono fora utilizado o herbicida Gamit dias antes. Como não havia peças daquela marca de aparelho, o produtor pediu para deixá-lo no meu local de trabalho pois teria que ir ao banco. Era um dia de intenso calor.O pulverizador ficou intacto por algumas horas ao lado de uma parede até que o dono o recolhesse. Coisa de dois ou tres dias depois, num raio de uns tres metros, as plantas rasteiras de diversas espécies, apresentaram sintomas de albinismo. Lembrei-me então de que ali próximo havia ficado o tal de pulverizador costal que sequer fora aberto. Contei tal episódio aos representantes da FMC. Como resposta, foi dito por um deles de que reconhecem que o Gamit é volátil. A recomendação é que as viaturas que transportam o produto, especialmente as embalagens, após as aplicações não circulem em áreas que tenham viveiros, hortas, pomares, entre outros. Que dizer então das aeronaves que circulam por esses rincões afora pulverizando clomazone que se desloca a grandes distâncias e atinge todo ambiente. Nem as cidades ficam imunes. Aliás, Clomazone e outros pesticidas são inalados, nos chegam pela água e como resíduos nos alimentos. Doses pequenas, mas que se repetem no dia e no decorrer dos anos. Nas plantas da região, os bioindicadores já dão o alarme. Os cinamomos estão morrendo. Chega a primavera, as brotações aparecem para a fotossíntese que deveria suprir as reservas das árvores caducifolias. O ar pestilento das aplicações maciças de herbicidas vai minando a clorofila e a planta definha e morre alguns anos depois. Esqueletos arbóreos aparecem por toda a região da fronteira oeste do rio Grande do Sul. Mas agora também as árvores nativas, como a imponente canafístula (Pelthophorum dubium), a timbaúva (Enterolobium contortisiliquun), entre outras, agonizam e seus esqueletos erguem os esquálidos ramos desnudos. Nesse mes de Novembro de 2009, por toda a região o branqueamento das árvores se repete. É um testemunho mudo de que a biota está agonizante. Árvores mortas não falam. Mas são um testemunho eloquente de que algo está errado. Afinal, técnicos do IBAMA e de outras instituiçoes oficiais andam por essas bandas e poderiam constatar o tremendo impacto do Clomazone sobre a nossa flora. A sintomatologia é inequívoca. Alegar mau uso por parte dos produtores é tapar o sol com peneira. Produtos com essas características de volatilidade devem ter o registro suspenso. Até porque se inibe a fotossíntese, pela destruição dos mecanismos de proteção da clorofila, o Clomazone pode ter implicações a longo prazo sobre as espécies animais também. Já existem registros de que tende a se acumular no fígado dos mamíferos.

2 de novembro de 2009

ÁRVORES MORTAS APARECEM EM TODA A REGIÃO

Esqueletos de árvores nativas aparecem em todos os rincões. Aqui é na vegetação ciliar do Rio Butuí, em São Lucas – 1º Distrito de São Borja –Foto Darci Bergmann, 04/11/2008.
O cinamomo está desaparecendo do cenário. Não é nativo, mas já está inserido no contexto do gaúcho. A bela e imponente canafístula, cujas flores amarelas aparecem de dezembro a março, está entre as espécies ameaçadas.
Angicos, timbaúvas, açoita-cavalos, guajuviras, guabijus, entre outras espécies já mostram sinais do impacto ambiental das derivas.

Cinamomos afetados por Gamit. Primeiro o branqueamento, depois a morte. Rincão de São Lucas, São Borja/ RS – Brasil, 04/11/2008. Foto: Darci Bergmann



As folhas mostram sintomas de branqueamento típico.. Os soldados Rodrigues e Hermes, da Patram de São Borja e a professora Armanda Olívia Tavares constataram o impacto ambiental. Nada a ver com deficiência de nutrientes como apregoam alguns.
Nem este pé de açoita-cavalo junto à ponte do Rio Butuí escapou da ação do Gamit. Foto: Darci Bergmann, 04/11/2008.
HORTAS URBANAS AFETADAS POR GAMIT
Plantas de almeirão afetadas por Gamit(Clomazone) Foto: em novembro de 2005, Darci Bergmann.
Pessoas sem noção do perigo real de alguns produtos misturam herbicidas à base de glifosato com o Gamit e aplicam nos pátios. Dali o Gamit, muito volátil, se espalha podendo atingir outras plantas a centenas de metros do local de aplicação. Produtos com o princípio ativo glifosato, aplicados com pulverizador costal ou tratorizado não causam grande deriva em condições normais. Mas o Gamit é implacável e deixa as marcas com o sintoma de branqueamento das folhas. As plantas mais sensíveis, mesmo com sub-doses, podem morrer em semanas, meses ou anos, dependendo da espécie.

AS DERIVAS DE HERBICIDAS AMEAÇAM A DIVERSIFICAÇÃO DE CULTURAS

O agrônomo Sérgio Malgarim investiu no cultivo de viníferas finas e está preocupado com as derivas dos herbicidas e teme prejuízos. Silberto L. Grützmacher já foi vítima das derivas aéreas e faz campanhas para que haja o bom senso e apóia a proibição de alguns produtos. O advogado Modesto Guimarães também já teve prejuízos com as derivas aéreas e quer mais controle da aviação agrícola por parte das autoridades. Arlindo dos Santos, no Rincão da Cria cuidou de um bosque por mais de trinta anos e agora vê só os esqueletos das canafístulas, timbáuvas e outras árvores. Da mesma forma Clemente Souza, do Rincão de São Bento, próximo à FEPAGRO, amarga a perda das suas árvores – um mato inteiro está definhando. A ASPAN e a PATRAM documentam dezenas de casos de impactos ambientais por deriva de herbicidas. A ASPAN está encaminhando denúncia ao MP estadual e federal sobre a questão para o cancelamento do registro do GAMIT no MAPA e para providências quanto à venda e receituário irregular desse produto. Também quer a retirada de painéis de publicidade de agrotóxicos. Um desses painéis refere-se ao herbicida que está literalmente assassinando as nossas árvores – o GAMIT. Consta no documento da ASPAN ao MP:
1- Determinem Vs. Excelências à Prefeitura Municipal de São Borja a retirada do painel de propaganda de GAMIT, às margens da Av. Presidente João Belchior Marques Goulart. Igualmente a retirada de todos os painéis de publicidade naquela via, por crime ambiental – poluição visual. É uma desfaçatez que uma via pública que homenageia um ex-presidente da república, filho ilustre desta Terra, seja alvo de poluição visual consentida pelo Município. É um desrespeito à história de um povo e à memória de um ex-presidente que tinha consciência ambiental e ajudou a preservar os campos e as formações vegetais nativas nas suas propriedades. Agora em sua terra, uma avenida que lhe dá o nome ostenta descaradamente publicidade de um dos agrotóxicos que destrói as nossas matas nativas e é causa de fome de muitos dos seus filhos que vêem destruídos os seus cultivos de subsistência.
Propaganda de GAMIT na A. João Goulart – Apologia à degradação ambiental e um insulto à memória de Jango. Quem PERMITIU tal abuso?
Obs.: Ao escrever esta matéria este painel publicitário encontrava-se nas margens da Av. Presidente João Goulart, em São Borja, RS. A placa foi retirada, mas tenho informações de que em outras cidades tais anúncios continuam.

CLOMAZONE (GAMIT): ASPAN SOLICITA INTERFERÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


A ASPAN encaminhou dossiê ao MPF, em Uruguaiana, sobre a questão dos herbicidas que são aplicados sem critérios. Com relação ao Gamit, a entidade solicita que o MPF interceda junto à ANVISA e ao Ministério do Meio Ambiente no sentido de cancelar o registro desse produto e de todos os que tenham princípio ativo clomazone. Entre outros argumentos a entidade cita o fato de que o produto é extremamente volátil. Ele atinge grandes distâncias além do local em que é aplicado, provocando impacto sobre as culturas vizinhas e a flora de um modo geral. No momento em que se pretende diversificar a produção primária, produtos à base de clomazone inviabilizam algumas culturas. O MPF abriu procedimento sob n° 1.29.011.000007/2009-75 e a ASPAN encaminhou documentos sobre a venda e uso irregular do Gamit no Município de São Borja.

OITOCENTOS METROS – O Gamit e Gamit 360 CS não podem ser aplicados a menos de 800,00 m de vegetação ribeirinha e arvoredos em geral, seja via aérea ou seja por via terrestre. Tal limitação inviabiliza a aplicação desses produtos na maioria das lavouras de arroz do Estado, mas isso não vem sendo cumprido na prática.
PRODUTOS SEM REGISTRO NO ESTADO – A FEPAM enviou ofício à ASPAN informando que as marcas comerciais Gamit e Gamit 360 CS não tinham registro para serem comercializados aqui no Estado. No entanto eram os produtos mais vendidos. Mais tarde a empresa produtora do Gamit, a FMC Química do Brasil protocolou pedido de registro junto à FEPAM.
GAMIT APREENDIDO – 3.200 litros de Gamit foram apreendidos pela PATRAM de São Borja, numa revenda local. A formuladora FMC Química do Brasil encaminhou expediente à ASPAN comunicando sobre o pedido de registro junto à FEPAM e alegando que não cabe mais que o produto fique retido. Mas não é este o entendimento da ASPAN e de muitas pessoas. O produto foi apreendido quando não tinha registro para ser comercializado e isso justifica que não pode mais ser liberado tal lote.

BUROCRACIA


O pequeno produtor Arlindo Santos, residente no Rincão da Cria, 1º Distrito de São Borja-RS, é uma vítima inconformada com as derivas dos herbicidas e com a burocracia. Por mais de 30 anos tem zelado por um bosque de espécies nativas e exóticas, às margens da BR 285. Esse bosque, fora de área de preservação permanente, tem recebido, ano após ano, subdoses de herbicidas de aplicações aéreas feitas nas redondezas. Canafístulas, timbaúvas, entre outras árvores, morreram e o proprietário queria aproveitar pelo menos a madeira para se ressarcir dos prejuízos causados por outros. Procurou a Prefeitura de São Borja, cujos agentes estiveram no local e constataram a mortandade das árvores. Mesmo assim, foi exigido da vítima “projeto técnico” para que o corte fosse autorizado. Arlindo Santos se tornou vítima pela segunda vez, agora da burocracia ambiental. Em tempos de localização fácil, com o GPS, a própria Prefeitura poderia ter feito um laudo de constatação e autorizado o corte, aliviando o pequeno produtor da burocracia do “projeto técnico”. A autorização de corte nesse caso, por motivo de relevância social, atenderia os preceitos da lei. Segundo Arlindo Santos, o custo do projeto e os transtornos custariam mais do que o valor da madeira bruta.
Situações como essa causam frustrações em pessoas que são vítimas das derivas aéreas e ainda tem que arcar com custos decorrentes de papelada. Pune-se a vítima e fica impune o verdadeiro degradador ambiental.
Foto acima: à esquerda engºagrº Jairo Santos, da ASPAN, à direita Arlindo Santos, tendo ao fundo exemplar de canafístula (Pelthophorum dubium) desfolhado e morto por ação difusa de herbicidas espalhados por aeronaves.

1 de novembro de 2009

HERBICIDA EM ÁREA URBANA GERA DENÚNCIA AO MP

Fotos: Darci Bergmann
A aplicação de herbicida Clomazone (Gamit) com pulverizador manual em terreno contíguo à propriedade de Darci Bergmann causou deriva e atingiu milhares de mudas de espécies nativas. O fato ocorreu em fins do mês de agosto de 2007 e mais de 5 mil mudas foram destruídas, boa parte delas destinadas ao Projeto SEMEAR, da ASPAN. A questão foi encaminhada ao Ministério Público Estadual, tendo a PATRAM feito várias diligências e foi exarado laudo pericial pelo engenheiro agrônomo José Ênio de Jesus Abreu.
O Clomazone é altamente volátil, tendo inclusive, ultrapassado muro de alvenaria de 2m de altura e densa cortina vegetal. As aplicações aéreas desse produto em lavouras de arroz da região, assim como dessecantes à base de glifosato, estão entre os causadores de degradação ambiental pela destruição da flora nativa.
Em área urbana já ocorreram outros casos de uso impróprio do Clomazone, com prejuízos ao meio ambiente.
DERIVA DE AGROTÓXICOS MOBILIZA COMUNIDADE
OS MAIORES VILÕES SÃO OS HERBICIDAS
O mau uso da aviação agrícola, sem respeito às normas operacionais, a utilização de herbicidas como o Clomazone (Gamit) e dessecantes à base de glifosato tem causado injúria em culturas diversas, com prejuízos econômicos e ambientais.
No Fórum local tramitam ainda vários processos tendo como vítimas produtores rurais e réus empresas de aplicações aéreas de agrotóxicos.
Não obstante isso, a maior vítima é a biodiversidade da região, onde já se constata o definhamento e a morte de milhares de árvores.
A ASPAN, juntamente com associações de moradores, pessoas atingidas e outras indignadas com essa degradação ambiental está recolhendo assinaturas para que o assunto seja objeto de audiência pública na esfera do Ministério Público Estadual, pois a questão se reveste de interesse difuso da sociedade.
Nessa audiência pública pretende-se relatar a problemática, consubstanciada em vistorias a diversas localidades do Município e região.
Como se sabe não há nenhuma fiscalização a campo, no tocante às aplicações aéreas de agrotóxicos.
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* As fotos mostram as injúrias provocadas por Clomazone em São Borja.