29 de setembro de 2017

FÁTIMA - O SANTUÁRIO



A Basílica de Nossa Senhora de Fátima e anexo a ela a
Capelinha das Aparições.
Monumento ao Rosário e ao fundo a Igreja da Santíssima Trindade
 em Fátima.

                       Desde jovem tive curiosidade sobre os acontecimentos de Fátima, em Portugal. Em data de 01 de setembro de 2017, viajando de ônibus, a partir de Coimbra, cheguei ao Santuário. Importante observar que o terminal rodoviário fica bem próximo e dali pode-se fazer o percurso a pé, até o local sagrado. O acesso por trem* fica mais complicado. Isto porque a Estação Fátima fica a 23 quilômetros do Santuário de Fátima.
        Há muitos espaços abertos no entorno das igrejas e outros prédios para garantir a circulação dos turistas. Nas datas especiais, eles são centenas de milhares. Vi muitos grupos oriundos da Polônia, da Itália, Alemanha, Espanha e até de países do extremo Oriente. Segundo informações, entre os estrangeiros os poloneses são os que mais visitam o Santuário. 
           Logo na chegada, chamou atenção um grande prédio de linhas modernas. É a Igreja da Santíssima Trindade, com capacidade de quase 9 mil pessoas sentadas. A enorme construção ainda abriga diversas salas de exposição, museu, etc. 
       Por fim, cheguei à Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima e na Capelinha das Aparições, local onde ocorreram os fenômenos relatados pelas  três crianças pastoras - o aparecimento de Nossa Senhora. A Capelinha das Aparições está no mesmo local onde existia uma azinheira**, árvore nativa da região.
       Uma experiência marcante. Diante da Capelinha e no profundo silêncio daquele ambiente, concentrei-me para fazer uma prece. Da prece passei à meditação. Por um lapso de tempo, tive a sensação de que eu estava fora do mundo físico. Era uma profunda sensação de paz e harmonia interior. E percebi, como nunca antes, a impermanência de tudo, a transitoriedade da vida. Além dela, em outra dimensão, os valores sociais da ostentação humana não tem significado. Não se mede o valor de uma pessoa pelos seus títulos, pela suas posses ou qualquer exterioridade material. Pareceu-me ter recebido uma mensagem. Depois dessa espécie de transe, percebi que, a partir de então, minha visão de mundo já não seria a mesma.       Em frente à Basílica, também fiquei impregnado de uma sensação estranha, de muita paz. Curiosamente, a mesma sensação foi manifestada ali pela minha filha, que estava próxima. Pode ser algo muito subjetivo, mas fica o relato. Fez bem a minha passagem pelo Santuário de Fátima. Meu olhar sobre o mundo agora tem outras perspectivas.       
    


Vista interna da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de
Fátima
Ao fundo, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima
Notas:
*Trem no Brasil é comboio em Portugal
**Azinheira. Árvore de porte médio que atinge até 10 m de altura. Na Espanha é denominada de encina. É da mesma família do carvalho.         

31 de agosto de 2017

DESPEDIDA DE COIMBRA




Numa das muitas pontes sobre o Rio Mondego, tendo ao fundo
 a colina onde iniciou Coimbra e a sua Universidade. 



   Encerrando um ciclo de estudos na região de Coimbra, já estou de malas prontas para Lisboa e de volta ao Brasil. Antes, porém, desejo externar meus agradecimentos ao Jarbas, à Melissa e à minha neta Ana Luísa, pela boa acolhida que tive e pela oportunidade de conhecer várias regiões de Portugal e Espanha. 
 Também fico agradecido às populações de Portugal e da Espanha, representadas por pessoas que me acolheram bem e prestaram valiosas informações, sempre que necessário.
   A experiência recolhida será repassada aos leitores deste blog, como já vem acontecendo. Também levo subsídios valiosos que deixo à disposição da comunidade, especialmente no que tange à questão ambiental e de preservação do patrimônio histórico.
      
     
A praça desta foto é simbólica porque ali inicia a parte
histórica, com ruelas e prédios de diversas épocas e
  o Polo I da Universidade de Coimbra. Nessas imediações
se concentram muitos turistas. 

Mosteiro da Santa Cruz, cuja construção iniciou
no século XII. Aqui estão os restos mortais dos
primeiros reis de Portugal.

Interior da quase milenar igreja do Mosteiro de Santa Cruz.
Forte de Montemor O-Velho.



Videiras e vinho também são símbolos de Portugal












       

29 de agosto de 2017

FOZ d'ÉGUA. Piscina com água natural da montanha.


 
Quando se vê um cenário assim,  
 parece que o tempo não existe. 

   Em Portugal, na Serra do Açor, depois da aldeia de Piódão, em direção a Unhais da Serra, há um lugarejo chamado Foz d´Égua*. Do alto da estrada sinuosa, vimos uma ponte pênsil e logo abaixo algumas casas. Dois riachos se encontram antes de uma piscina e sobre cada um deles tem um pontilhão de pedra. Da piscina, um riacho, agora mais encorpado, segue por um leito rochoso muito bonito. Nesse ponto o acesso é vedado às pessoas, talvez por motivos de segurança. É um cenário encantador. 
Ali almoçamos na varanda de uma casa de xisto. 

A foto mostra o local onde fizemos o nosso lanche.
 Acertamos em termos levado comida a bordo. O único
restaurante do local estava fechado, no dia da visita.

     A região ainda guarda traços da vida pacata e a bucólica piscina de Foz d'Égua é um lugar retirado da agitação das cidades. Oxalá que o progresso imediatista nunca destrua tal cenário. Deixamos registrada a data de nossa visita a Foz d'Égua: 23 de agosto de 2017. Talvez, daqui algumas décadas, as fotos que tiramos do cenário paradisíaco possam servir de comparação com o que virá com o decorrer do tempo.

Piscina com água natural que desce da montanha.

Vista de um dos morros que cercam a piscina natural em Foz d'Égua.



Outra vista da piscina de Foz d'Égua.


As pontes arqueadas se harmonizam com o restante do cenário.
* Foz d'Égua pertence à freguesia de Piódão. Esta, por sua vez ao
município de Arganil.

TOLEDO, ESPANHA. Lendária e cativante.








    Toledo é daquelas cidades que cativam desde a chegada. A parte histórica é impressionante pelo seu conjunto arquitetônico preservado. A indústria da cutelaria é uma das melhores da Europa. Nossa visita se ateve mais ao centro histórico medieval, lotado de turistas, num domingo ensolarado e quente. 

Monumento logo na entrada da cidade

Prédios seculares e construções mais modernas se mesclam
na parte mais afastada do centro.

As lojas na parte histórica expõem produtos diversos.
 Até espadas forjadas em aço, prata e ouro,
produzidas por artesãos locais. Se alguém desejar uma armadura
idêntica àquelas usadas pelos soldados na Idade Média, em Toledo
ela está à espera do comprador.

Ruelas estreitas, mas cheias de charme na parte histórica.

Os carros andam em algumas ruelas com
menos de 3 m de largura.

Construções que varam séculos estão bem  conservadas.

Detalhe de construção com blocos de pedra. 

Igreja na parte histórica. Estilo e harmonia que impressionam.
As igrejas dos Sete Povos missioneiros
 não teriam alguns traços semelhantes?

As igrejas imponentes estão por toda a parte, em Toledo.

Essa ruela, tem menos de 2 m de largura.

Portal de uma das belas igrejas. Colocaram grades de ferro
para evitar danos ao valioso acervo.

Os blocos de pedra nos cantos de alguns prédios apresentam
desgaste pela ação do tempo. Aqui o tempo se mede
em séculos. 

O prédio da esquina parece um pequeno castelo.

Um dos muitos locais no entorno da cidade medieval.

Acima, de camisa clara, o Sr. Isidoro Garcia Tapia.
Sua esposa, de vestido preto, é historiadora e
 nos passou valiosas informações sobre a história de
 Toledo e sua influência na Espanha e Portugal.
Sr. Isidoro se diz descendente dos Visigodos.
O prédio, ao fundo, é remanescente da passagem
desse povo germânico antigo pela Península
Ibérica. 

Os Visigodos deixaram suas marcas
 na arquitetura, como no
prédio acima. Os mouros teriam copiado
esse estilo, segundo a Sra. Tapia.

Detalhe de prédio com influência
dos Visigodos.

Nas lojas sofisticadas não se pode filmar nem tirar fotos. O dono
desta permitiu, mas tivemos que ser rápidos, para que outros
turistas não percebessem.

Vitrine de outra loja com artigos de cutelaria. Aqui foto só na vitrine.

Rio que passa ao lado da cidade de Toledo.

Existem mutos castelos na região e até na margem desse rio.




28 de agosto de 2017

MADRI, A SÍNTESE DA ESPANHA


Porta de Alcalá, na rua de mesmo nome.

     Vindos de Ávila, adentramos em Madri, que nos impressionou pelo seus espaços verdes e sua vistosa arquitetura, com prédios de várias épocas e estilos. Tudo muito bem preservado. Por problemas na internet, não localizamos de imediato nosso local de hospedagem. Por isso, resolvemos deixar o carro num dos poucos locais de estacionamento não pago, perto de Las Ventas, uma imponente arena de touradas.
    Dali, de táxi, andamos 4 Km até à pequena e calma Calle Vitor Hugo, transversal à Calle Alcalá, nosso ponto de hospedagem. Ao saber que iríamos conhecer a parte central de Madri a pé, o taxista recomendou que deixássemos ali na rua, perto de Las Ventas, o carro, que ninguém mexeria no veículo. De fato, dois dias depois, o carro estava lá, no mesmo local e intacto.
     Madri fica no centro da Espanha, o que facilita certamente a administração, mas também o afluxo de turistas. A Espanha, por ora, é o terceiro país no mundo que mais recebe turistas. Motivos não faltam. O país tem muitos sítios arqueológicos, cidades medievais bem preservadas, espaços verdes, gastronomia e muitos eventos em qualquer época do ano. E Madri é a terceira cidade em população da União Europeia. 
       Difícil é descrever Madri em poucas linhas. A cidade é a síntese da cultura espanhola, nas suas muitas formas de manifestação. Externamos um pouco da nossa visita pelas imagens que registramos, na estada rápida de dois dias.
Parque El Retiro. Imensa área verde no centro de Madri.

Lago no Parque El Retiro

Nesta rua colocaram um teto de tecido para amenizar o calor.

O prédio imponente é o Palácio Real de Madrid.

Jardines de Sabatini, ao lado do palácio real.

Outra vista dos Jardines de Sabatini.

Catedral perto do palácio real.
A construção iniciou em 1883 e foi concluída por volta de 1997.

Interior da catedral. Imponência, beleza e arte.

Desta colina pode-se avistar parte de Madri.

Parque na parte alta da colina. O calor e a longa estiagem
causaram o desfolhamento das árvores. Mas praticamente
não encontramos lixo tipo plásticos, papéis, etc. Os europeus,
na sua maioria, sabem que as folhas caídas são resultado do
metabolismo das plantas. O cenário até fica bonito, mais
natural. 

A Plaza Mayor é um espaço cercado por prédios.
 Bares e restaurantes predominam nesse espaço.

Essa oliveira, num espaço público, aparenta ter mais de
um século

Em frente ao Palácio Real, existe uma enorme praça,
muito frequentada pelos turistas. 


Prédios imponentes de linhas arquitetônicas em vários estilos
estão bem preservados no centro de Madri.

Las Ventas. Esse é  palácio das touradas em Madri. É a maior
arena do gênero na Espanha. Ali tem um museu,
que pudemos visitar, mas fotos e vídeos são proibidos.


Las Ventas. Área interna. 

Roteiro até Madri, partindo de Coimbra.