18 de janeiro de 2013

Rio Uruguai: Histórias e natureza ameaçadas (2)

Bacia do Rio Uruguai: Aspectos das Missões e Noroeste do Rio Grande do Sul
Através de fotos e comentários vamos apresentar um panorama geral das regiões acima referidas onde se destacam cenários de rara beleza. Também aparecem pessoas que manifestam os seus pontos de vista, sempre em entrevistas ao acaso

Salvador das Missões
Cidade pacata, aspecto de limpa e muito verde, o que evidencia que a população busca a qualidade de vida. Aqui nasceu uma das maiores redes de varejo do Rio Grande do Sul, a Lojas Becker, hoje sediada em Cerro Largo. Economia alicerçada no agronegócio.




Guarani das Missões
Município colonizado por descendentes de poloneses. Cidade bem arborizada, acolhedora e que realiza a Polfest, onde as tradições polonesas são mostradas ao público. Economia alicerçada no agronegócio, comércio e indústrias


 Roque Gonzalez
Povo acolhedor, cidade limpa e bem arborizada. A poucos quilômetros do centro está a barragem da Usina Hidrelétrica Passo São João, no Rio Ijuí, este tributário do Rio Uruguai. A economia com base no agronegócio, comércio  e indústria, agora investe no turismo com vários campings e pousadas








Cerro Largo
Pólo industrial e comercial. Sede da rede Lojas Becker. Agora sedia um campus da Universidade Federal Fronteira Sul. População com ascendência germânica e que realiza a sempre exitosa Oktoberfest. Tem potencial no turismo voltado aos temas das tradições  germânicas e no ecoturismo.




Santo Cristo
Cidade fundada por descendentes de alemães. Economia baseada na agronegócio, indústria, comércio e investindo no setor de turismo. O Lago Azul e o Hotel Fazenda 3  Cascatas já são referências nessa área. É sede da rede de varejo Quero Quero. A cidade é limpa, bem arborizada e apresenta traços da arquitetura germânica conhecida como enxaimel. 




Em Santo Cristo, o estilo enxaimel revela uma identidade visual
à cidade, o que incentiva o turismo.





O prédio da recepção combina pedra e madeira: rusticidade e
beleza



O turismo rural e o chamado ecoturismo, que preserva
a paisagem com o mínimo de interferência, está atraindo
cada vez mais interessados.
 Da esq. à dir: Ana Luísa Bergmann , Melissa Bergmann,
Luíza Caneppele, Genir Caneppele e Celso Caneppele.   







Tuparendi
Próxima à cidade de Santa Rosa, Tuparendi tem economia alicerçada no agronegócio, comércio e indústria. Cidade aprazível, limpa e bem arborizada e tem potencial turístico, com cenário rural de rara beleza. Entre outras indústrias, sedia a Fankhauser com produtos para o agronegócio.






Tuparendi é uma cidade aprazível, limpa e bem arborizada.
Flagrei a relíquia de carro antigo bem cuidado, pertencente
a Neri Netzel

















16 de janeiro de 2013

Rio Uruguai: Histórias e natureza ameaçadas (1)




O impacto das grandes hidrelétricas na contramão da sustentabilidade


Usina no rio Ijuí, próximo à área urbana de Roque Gonzalez.
Este não é um megaprojeto de hidrelétrica. Mas no Rio Uruguai
estão previstas diversas barragens, somando-se às já existentes.
Será que vale a pena apostar só em grandes hidrelétricas?
A natureza já deu um recado. Muitas usinas hidrelétricas quase
pararam a geração por falta de água nos períodos de seca.
Por Darci Bergmann e Melissa Bergmann

Aqui iniciamos uma narrativa de viagem por regiões de rica história e de belezas naturais que merecem ser melhor conhecidas. Só se valoriza o que se conhece. Já estragamos tantos cenários,
já perdemos um pouco da nossa memória e as transformações acontecem de forma muito rápida. É preciso que cada habitante desse torrão pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai conheça melhor o cenário espetacular que ainda resiste às investidas dos grandes projetos das usinas hidrelétricas. 
A Usina Hidrelética Passo São João gera 77 megawatts de energia.
Implantada no Rio Ijuí, tributário do Rio Uruguai. Impacto ambiental
moderado.
Talvez seja o momento de questionarmos sobre o impacto das grandes usinas hidrelétricas e as mudanças que advirão caso implantadas. Cada cidade a ser atingida, perderá a sua história, a sua referência, os seus cenários naturais. O Rio Uruguai, já por muitos considerado outrora um dos rios mais bonitos do mundo, está agonizando. E não é só a questão dos esgotos, dos agrotóxicos, da destruição das matas ciliares. As grandes hidrelétricas, festejadas por alguns municípios que recebem recursos como medidas compensatórias, causam outros impactos de difícil reversão depois de implantadas. Os royalties que hoje recebemos não devolvem a história perdida, não devolvem a geografia original, não devolvem as terras perdidas e afogadas.
Precisamos de energia elétrica. As pequenas usinas suprem uma parte dela. Mas os impactos causados pelas grandes hidrelétricas é questionável até pelo elevado montante de recursos públicos investidos e que poderiam ser aplicados em outras fontes de geração. Nesse caso, o Brasil dispõe de uma fonte inesgotável que é a energia solar.

6 de janeiro de 2013

Biodiversidade em Marte?


Imagens de Marte, feitas pelo robô Curiosity, mostram a
aparente aridez do planeta. 

Por Darci Bergmann
   Sempre tenho ouvido falar que em Marte poderia haver vida. E  um dos objetivos das explorações com os sofisticados veículos em solo marciano é detectar indícios de vida. Nem que seja uma simples bactéria. Não importa o que for encontrado, será um feito e tanto para a ciência e para a humanidade. Já ouvi críticas sobre os gastos de tais expedições. Já tive minhas dúvidas sobre a validade de tais empreendimentos.
  Meu olhar hoje é outro. Primeiro, porque os custos dessas pesquisas e expedições estão bem abaixo daqueles para desenvolver tecnologias e engenhos de guerra, tipo bombas nucleares. Segundo, porque a busca de uma simples forma de vida em Marte, talvez acenda uma luz nas mentes humanas sobre a espetacular biodiversidade aqui na Terra, onde pululam as espécies nas mais variadas formas. Aqui tem o que lá em Marte não tem. É uma lição espetacular que estamos aprendendo ao custo bem aplicado de bilhões de dólares. 
   Numa opinião a um grupo de pessoas, fiz um pequeno artigo sobre o assunto:

Deus fez um jardim na Terra

As imagens que nos foram transmitidas até agora do Planeta Marte, pelo veículo Curiosity, mostram uma situação paradoxal. Não existe Natureza em Marte. Pelo menos na forma em que estamos acostumados com a nossa aqui na Terra. A curiosidade científica mostra ainda que a humanidade anseia por ‘novas descobertas’ em outros planetas. No entanto, nem sequer conhecemos a plenitude do nosso Planeta. O lado positivo dessas aventuras pelo universo é que elas nos repassem algumas tecnologias que possam gerar aplicações que melhorem o bem estar de todos nós.
Muitas pessoas entendem que as imagens da paisagem árida de Marte sirvam de reflexão sobre o nosso papel em preservar o jardim que o Criador do Universo nos legou aqui. Também já fui dotado de ‘curiosidade científica’ em outras fases da minha existência. Hoje, com humildade, reconheço que uma ‘Inteligência Suprema’ moldou o nosso planeta de tal forma que as miríades de espécies vivas pudessem aqui conviver - Deus fez um jardim na Terra.
Em qualquer local do nosso Planeta a vida se manifesta




 

Tamareira-das-canárias, uma palmeira espetacular


A tamareira-das-canárias ou ainda palmeira-das-canárias,
nome científico Phoenix canariensis Hort. ex  Chabaud,
 é originária das Ilhas Canárias, daí o seu nome. Atinge até 15m
de altura e suas folhas até 6m de comprimento.
Por Darci Bergmann
   As palmeiras pertencem à família Arecaceae. São bastante utilizadas em paisagismo. Algumas se destacam pelo porte avantajado e por isso conferem à paisagem a possibilidade de serem apreciadas a centenas de metros de distância. É o caso da imponente tamareira-das-canárias. Isolada ou num conjunto de indivíduos, ela se destaca pela sua linda e ampla copada, fornecedora de boa sombra.
   O Brasil possui uma das mais ricas coleções de palmeiras nativas, adaptadas às diversas regiões. Já foi chamado uma vez de Pindorama - terra das palmeiras. Por isso, muitos defendem que elas sejam mais utilizadas no paisagismo. Nada impede, porém, que espécies exóticas como a tamareira-das-canárias seja utilizada para embelezar os nossos espaços públicos. 
A foto de 01 de janeiro de 2013, em São Borja-RS, mostra  frequentadores
do espaço público conhecido como Parcão, abrigados na sombra de uma
tamareira-das-canárias
  
A floração exuberante é outro atrativo da espécie 

Bumbum falsificado




Por Darci Bergmann


   Produtos falsos acompanham a humanidade faz muito tempo. Mas alguns criam situações inusitadas. Um casal de namorados está numa tremenda angústia tudo por conta da falsificação. O homem se apaixonara pela mulher, principalmente porque ela exibia um belo bumbum. É aquela coisa de dar mais valor à forma do que ao conteúdo. Paquera daqui e dali, o namoro se consumou e a relação se tornou estável. Passados alguns meses, o namorado percebera que um dos lados do bumbum da sua amada começara a deformar. Então foi informado por ela que o bumbum recebera um enchimento de silicone e que este poderia ter se rompido ou se deslocado. Foi uma ducha de água fria na relação. Além do golpe psicológico nos dois amantes.    Nela porque a nova situação alterou a estética do corpo, com riscos à saúde e, ainda pior: o abalo moral. Nele porque viu um dos atributos da amada derreter-se a tal ponto que já não encontrava mais prazer nas relações íntimas. O abalo psicológico evoluiu para um quadro de impotência sexual.

   Fatos assim mostram o quanto homens e mulheres são vítimas das propagandas enganosas de produtos que prometem milagres na estética corporal. Até mulheres atraentes por natureza e que dispensam retoques artificiais se submetem a intervenções desnecessárias. São implantes de silicone em seios perfeitos, são lipo-aspirações ao menor sinal de algumas estrias, são cirurgias plásticas em rostos encantadores.

   A onda do silicone falso fez vítimas pelo mundo afora. Uma conhecida minha entrou em depressão quando descobriu que havia recebido silicone impróprio nos seios. A prótese não se rompeu até o momento, mas o abalo moral piorou a qualidade de vida dessa pessoa.

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Mais sobre o tema:

CIÊNCIA

Fundador da empresa de próteses mamárias PIP é condenado a quatro anos de prisão

Silicone industrial era utilizado na fabricação de implantes mamários da empresa. O produto pode se romper e causar infecções e irritações. Mais de 300 mil mulheres no mundo compraram as próteses.
Dois anos após o escândalo internacional das próteses de silicone de baixa qualidade importadas da França, o fundador da empresa Poly Implant Prothèse (PIP), Jean-Claude Mas, 74 anos, foi condenado nesta terça-feira (10/12) a quatro anos de prisão. Mas foi acusado de fraude e enganar conscientemente seus clientes durante anos.
Além da prisão, o tribunal de Marselha condenou o fundador da PIP a pagar uma multa de 75 mil euros e o proibiu de voltar a exercer cargos de gestão empresarial ou trabalhar no setor médico. Outros quatro ex-funcionários da empresa, incluindo o diretor do departamento financeiro, foram condenados com sentenças de variam de um ano e meio de liberdade condicional e três de prisão.
Todos os acusados admitiram que sabiam que as próteses eram preenchidas com um silicone industrial mais barato, diferente do produto declarado oficialmente, para obter lucros avaliados em um milhão de euros por ano. Mas eles afirmam, com exceção de um, que ignoravam os riscos à saúde.
Mas foi condenado também a pagar multa de 75 mil euros
Mas pediu desculpas às vítimas e continuou afirmando que o produto não é nocivo. Esse material vinha sendo usado desde 2001 na fabricação dos produtos da empresa. Pelo menos 300 mil mulheres no mundo possuíam implantes mamários fabricados pela PIP. No Brasil, cerca de 25 mil deles haviam sido comercializados.
Silicone industrial
Segundo um ex-funcionário da empresa, a economia não era feita somente com o gel de silicone usado para o preenchimento das próteses, mas também nas bolsas dos implantes. Em 2010, a comercialização desse produto foi proibida na França, devido ao alto índice de ruptura.
O último balanço da agência francesa de produtos de saúde registrou a ocorrência de mais de 7.500 rupturas e três mil efeitos secundários nocivos, principalmente reações inflamatórias.
A PIP chegou a ser a terceira maior fabricante de implantes mamários do mundo, mas faliu em 2010, quando o governo francês determinou um recall dos implantes. Em dezembro de 2011, o escândalo se tornou conhecido mundialmente, após autoridades da França recomendaram a retirada dessas próteses para as 30 mil mulheres no país que possuíam esse produto, pois eles poderiam se romper e causar infecções e irritações.
No Brasil, a comercialização das próteses PIP foram suspensas em 2010, após o governo francês divulgar informações sobre a possível fragilidade e a possibilidade de rompimento do produto.
CN/rtr/dpa/lusa/afp

Fonte: DW


  • Data 10.12.2013
  • Edição Renate Krieger

   




22 de dezembro de 2012

IBAMA cede e aviação agrícola ameaça abelhas

Árvores nativas como a da foto acima atraem abelhas. As derivas
de agrotóxicos aplicados via aérea atingem as espécies vegetais em
floração nos entornos das lavouras. As abelhas são importantes
polinizadoras de espécies vegetais nativas e cultivadas.


    Por Darci Bergmann

   Em 19 de julho de 2012, o Diário Oficial da União, publicou ato do IBAMA, proibindo aplicações aéreas de agrotóxicos contendo os princípios ativos  Imidacloprid, Clotianidina, Tiametoxam e Fipronil.  A medida causou reação do setor da aviação agrícola e dos grandes produtores do agronegócio. Alegaram que as lavouras ficariam desprotegidas caso a medida vigorasse. Chegou a ser citado que estudos teriam revelado que as abelhas não se deslocam a mais de 250 m das suas colmeias em busca de néctar e pólen.

   Pressionado, principalmente pelo setor da aviação agrícola que perderia receita, o IBAMA voltou atrás. Em conjunto com o MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento**, publicou nova regulamentação, permitindo aplicações aéreas dos agrotóxicos citados. O ato coloca uma série de restrições, tais como limite do número de aplicações, proibição de uso em época de floração das culturas, altura de vôo das aeronaves não podendo ultrapassar os 4 m e outras mais.
  A leitura que pode ser feita é a seguinte. O IBAMA se rendeu ao bombardeio da aviação agrícola. Agora, as abelhas estão ainda mais ameaçadas, incluídas as espécies nativas. Portarias e normas dificilmente são cumpridas nas condições das imensas culturas de exportação como a soja, por exemplo. Quem realmente vai fiscalizar os serviços aéreos a campo?
   Há que se considerar ainda que nas aplicações aéreas executadas dentro das condições normais, existe o deslocamento de parte dos agrotóxicos para a as áreas no entorno das lavouras. É a deriva. Estudos da EMBRAPA mostram que até um quarto do agrotóxico pulverizado via aérea é perdido e se desloca para o ambiente, mesmo em condições ‘seguras’ de aplicação. Nisso reside um dos fatores de risco às abelhas. A cultura a ser pulverizada pode não estar em floração, mas outras espécies de plantas no entorno sim.
  Não há como negar. Pulverizações aéreas de agrotóxicos são mais impactantes ao meio ambiente. 


Abelha em espinilho (Vachellia caven)*

Espécies vegetais arbóreas e  herbáceas de pequeno porte são
comuns nas proximidades das lavouras. que são pulverizadas
com agrotóxicos.  
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Será que todas as empresas de aviação agrícola tem responsabilidade ambiental?



19 de dezembro de 2012

Como proceder em casos de intoxicação

   Veja a seguir algumas dicas valiosas

Tenha sempre à mão o disque - intoxicação, disponível para todo o Brasil:



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O governo do Rio Grande do Sul, com apoio de várias instituições, lançou um Manual de Prevenção de Intoxicação. Confira e divulgue.
















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MAIS INFORMAÇÕES






MEDICAMENTOS



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AGROTÓXICOS 
Talvez um dia eles sejam dispensados na maioria das culturas. Caso sejam utilizados, a EMATER - RS faz as seguintes recomendações:

















10 de dezembro de 2012

Árvore centenária foi comprada para continuar viva.




A mesma árvore em foto de 21-02-2013,
com floração reduzida. Dois anos antes
foram suprimidos ramos volumosos nas
proximidades do prédio ao lado.


Por Darci Bergmann

   Alguém seria capaz de comprar uma árvore em terreno que não lhe pertence só para preservá-la?

   Pois foi o que ocorreu comigo. Voltemos um pouco no tempo. Em fins da década de 1970, algumas árvores centenárias da cidade de São Borja foram derrubadas e transformadas em tábuas e lenha. Eram árvores nativas e um dos motivos alegados era o conflito com a rede elétrica de alta tensão. Pessoas ávidas por madeira e lucro fácil escolhiam árvores frondosas localizadas próximas às redes elétricas. Alguns proprietários, temerosos de sofrerem penalizações em casos de acidentes, vendiam tais árvores. A lei municipal ainda não estabelecia restrições de corte em terrenos particulares e a necessidade de laudos técnicos para comprovação de riscos à segurança pública.
  Um dos compradores e cortadores de árvores urbanas escolheu mal a sua última presa. A árvore que seria derrubada é uma canafístula, nome botânico Peltophorum dubium. O argumento utilizado pelo arboricida era o fato de que, por debaixo da enorme copada, cruzava a rede elétrica. Aquela árvore frondosa, rente ao passeio público, num terreno ao lado daquele que eu alugava, era a preferida para as rodas de mate, devido à  boa sombra nos dias quentes de verão. Quando chegava dezembro, iniciava a intensa floração amarela que se estendia até março ou abril. Um espetáculo deslumbrante da natureza.  Sem que eu soubesse, a senhora idosa e proprietária do terreno vendeu a canafístula. Mais tarde, alegou-me que tomara tal decisão por medo de ser multada pela concessionária de energia elétrica, alertada que fora pelo comprador da árvore.
  O dia era da árvore, não do cortador.
 Era por volta das duas da tarde. Saí com minhas tralhas de topografia, ainda no tempo do teodolito, da trena e das balizas, para demarcação de uma área de campo. A poucos quilômetros da cidade, deparei-me com a falta de alguns equipamentos e dei volta. Ao retornar à minha empresa, percebi algo estranho na canafístula do terreno ao lado. Uma escada junto ao tronco, serra, um machado, cordas e, lá no alto da copa, um sujeito cortando galhos grossos com serrote de mão. Indagado sobre o que fazia, respondeu-me que comprara a árvore e iria derrubá-la. Primeiro tiraria os galhos e depois derrubaria o tronco. Argumentei que a operação era de risco e que ele descesse da árvore, com o que ele não concordou. Disse-lhe que eu iria acionar a Brigada Militar. O sujeito, enfurecido, desceu da árvore, deu de mão no machado e, ameaçando agressão, aos berros disse que ninguém o impediria de cortar o que era seu. Diante da agressão iminente, muni-me das balizas de ferro e não arredei pé, esperando o agressor. Em volta, dezenas de pessoas acompanhavam o desenrolar dos fatos, temendo uma peleia. Acuado e vendo que eu não demonstrara medo, o cortador de árvores propôs um acordo. Queria me vender a canafístula ao dobro do que pagou, alegando prejuízos e serviços de terceiros já acertados. Diante do impasse criado e até porque eu tinha pressa, aceitei a proposta. Comprei a árvore com recibo passado, perdido numa dessas caixas de badulaques. Assumi perante a senhora proprietária do terreno a responsabilidade por eventuais situações de risco.
Mais tarde, na condição de vereador, a canafístula e outras cinco árvores de grande porte, foram declaradas imunes de corte.
  O episódio acima circulou de boca em boca e afastou por um bom tempo os cortadores de árvores urbanas.
   Conhecedor do fato, José Celso Aquino Marques*, em 26 de março de 2009, assim se expressou:
 Décadas de atuação de Darci Bergmann na defesa do interesse público são a prova mais cabal e veemente dos elevadíssimos princípios éticos que norteiam a sua conduta. Um fato pitoresco ocorrido lá por 1980 é uma pequena amostra desse desprendimento. Darci Bergmann alugava um terreno nas esquinas das ruas Aparício Mariense com a Gal. Canabarro, em São Borja. Num terreno ao lado, localiza-se uma árvore centenária da espécie canafístula. A proprietária do terreno vendeu a árvore para determinada pessoa que a transformaria em madeira de construção. Quando o comprador se preparava para derrubar tal árvore, Darci vinha chegando ao local e interferiu para que ela não fosse derrubada. Foi ameaçado de agressão, mas diante de inúmeras pessoas que estavam à volta, o comprador desistiu e propos ao Darci que lhe comprasse então tal árvore para livrá-lo do prejuízo. Darci Bergmann então, com anuência da proprietária que lhe passou um recibo, comprou uma árvore em propriedade alheia para que fosse preservada. Hoje ela está declarada imune de corte por lei municipal elaborada pelo próprio Darci Bergmann quando foi vereador

* José Celso Aquino Marques, professor aposentado da UFRGS, ex-presidente da AGAPAN

9 de dezembro de 2012

O melhor dos limões

O limão-cravo* é rico em vitamina C e auxilia no tratamento
do diabetes, por ser hipoglicemiante.
Por Darci Bergmann


  Algumas frutas se destacam pelas qualidades nutricionais e terapêuticas. Uma delas é a espécie conhecida como limão-cravo, nome botânico Citrus limonia. Rico em vitamina C, o limão-cravo possui também propriedades hipoglicemiantes, o que auxilia no tratamento contra o diabetes. Sendo assim, já é recomendado por muitos médicos. 
  A planta é rústica, e quando carregada de frutos maduros, apresenta um belo visual.
   O suco do limão-cravo substitui com vantagens o vinagre como tempero. Fornece muitos nutrientes importantes que o vinagre não tem. 
 Outro aspecto relevante de se utilizar o limão-cravo em substituição ao vinagre é a questão dos resíduos. As sobras do limão espremido decompõem-se com facilidade, podendo ser usadas na compostagem da parte orgânica do lixo. Já no caso do vinagre, as embalagens precisam uma destinação correta: a reciclagem a custos maiores. Os recipientes de vinagre jogados no ambiente causam sérios transtornos e são encontrados junto a outros resíduos sólidos nas periferias das cidades e terrenos baldios. 
  Pode parecer pouco. Mas são atitudes simples, como esta de utilizar o limão-cravo em substituição ao vinagre, que podem fazer a diferença se queremos de fato mais saúde para nós e para o Planeta.
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Mais sobre limão:
* Nota do Blog:: 1) Outros nomes populares: limão-rosa, limão-vinagre, limão-francês, limão-cavalo. 
2) Recomenda-se tomar o suco de limão imediatamente após ser espremida a fruta, pois a vitamina C   volatiliza com a temperatura ambiente.

3) Embora o limão tahiti seja o mais utilizado em bares e restaurantes, ele não teria as qualidades nutritivas e terapêuticas do limão-cravo.  

4) No site da Dra. Mariana Ferri D' Ávila, tem as seguintes informações:

Benefícios 
do Limão


“Essa fruta, tão comum no Brasil, não pode
faltar no nosso cardápio diário.”
Isso se deve pelo fato de ser um excelente
aliado da saúde, ajudando da prevenção e
tratamento de inúmeras doenças e melhorando
a qualidade física.
Quais benefícios podem ser associados ao consumo diário do limão?
• Existe um princípio ativo chamado d-limoneno (presente na casca), que ajuda a
combater a ansiedade, depressão, excesso de colesterol LDL (ruim), auxilia no controle
de ácido úrico e até mesmo previne o câncer.
• A fruta é rica em vitamina C, tiamina, riboflavina, fósforo, silício, cálcio e ferro. Todos
esses nutrientes desempenham papéis fundamentais para o organismo se manter
saudável.
• Outro benefício da fruta é para o sistema imunológico, que fica mais ativo contra
agentes nocivos. Sendo assim, esse alimento é poderoso para prevenção de gripes e
outras doenças virais.
• Para quem teme o ganho de gordura, o limão ajuda no emagrecimento (perda de
gordura) sem estimular o catabolismo (perda de massa muscular).
• Para aqueles praticantes de atividade física e atletas, estudos indicam que 1 copo de
limão com água pela manhã melhora a performance e a qualidade corporal.
• Nutrientes presentes no limão ajudam na prevenção de diabetes e hipertensão arterial,
 Fonte: http://www.marianaferridavila.com.br/dicas_pdf/beneficios-do-limao.pdf