26 de janeiro de 2013

Rio Uruguai: histórias e natureza ameaçadas (4)

De Santa Rosa a Porto Lucena. Depois, continuamos a viagem 'costeando' o Rio Uruguai entre Porto Lucena e Porto Xavier. Cenários belíssimos e ameaçados pela insensatez humana dos projetos faraônicos.


                                                     PORTO LUCENA


Porto Lucena é uma cidade bem arborizada, o que mostra  maturidade
ambiental e a busca pela qualidade de vida.
Que esta paixão pela natureza seja eterna!


Vista do Rio Uruguai, nas proximidades de Porto Lucena-RS,
em 17-01-2013. Na foto aparece uma ilha e mais ao fundo
já é a vizinha Argentina. Cenários tão encantadores poderão
desaparecer com as hidrelétricas previstas para a região.

A 'casa de pedra' da Sra. Belmira Carmona tem um toque especial
pois une bom gosto e rusticidade em meio a um jardim colorido.

Saindo de Santa Rosa em direção a Porto Lucena, a paisagem mostra cenários de rara beleza. Ainda é possível visualizar fragmentos da mata primária que cobria toda a região. A consciência ambiental e a perspectiva do ecoturismo e mesmo turismo rural já mostram tendência na região. Porto Lucena tem cenários rurais espetaculares. A cidade tem contrastes, entre prédios mais antigos e modernos. É pacata e acolhedora e a sua gente recebe os visitantes sempre com alegria. A economia local gira principalmente em torno do agronegócio, comércio, serviços e pequenas indústrias. O potencial turístico é grande. 
Como outras cidades costeiras, está ameaçada pelas hidrelétricas projetadas para o Rio Uruguai.



PORTO XAVIER





Constatamos que o relevo ao longo do rio Uruguai vai mudando a partir de Porto Mauá, em direção a Porto Lucena e depois a Porto Xavier e assim também a Garruchos e São Borja, mais ao Sul. É uma região de transição. Porto Xavier tem cenários rurais deslumbrantes. Pouco antes da cidade, a sinalização informa que a rodovia passa por uma 'área de preservação permanente'. A mata primária ali está fragmentada, mas aos poucos os corredores ecológicos tendem a unir essas áreas. A consciência ambiental parece mostrar bons resultados, pois as encostas estão em processo 
de regeneração florestal, o que amplia as possibilidades do ecoturismo e de outras potencialidades econômicas. Entre as encostas, os vales e algumas áreas de relevo suave já mostram a transição da Mata Atlântica para o Bioma Pampa. 
Tivemos boa impressão de Porto Xavier, cuja economia está assentada no agronegócio e na agroindústria, com uma usina de álcool de cana-de-açúcar. Também o comércio e serviços alavancam a economia local. A cidade que vimos estava limpa, sem aqueles plásticos e papéis jogados nas vias públicas. Boa arborização urbana denota que os moradores apostam na qualidade de vida proporcionada pelas áreas verdes em geral.












25 de janeiro de 2013

Rio Uruguai: Histórias e natureza ameaçadas (3)


Continuamos o nosso roteiro pelas Missões e Noroeste gaúchos.


                                                            TUCUNDUVA

Município com economia baseada no agronegócio, comércio, serviços e indústria. Por muitos é considerada a 'terra da música', eis que tem conjuntos de reconhecimento nacional e até no exterior. A cidade apresenta bom visual, ruas limpas e com boa arborização. Tem vocação para o turismo, inclusive rural.






Melissa Bergmann e a menina Cíntia Rafaela de Oliveira, esta
moradora de Tucunduva.



                                          NOVO MACHADO

É município novo, baseado no agronegócio. A cidade é pacata, bom visual e limpeza impecável nas ruas. Aqui as moradias ainda não precisam de cercas e muros. As pessoas são muito atenciosas, caso do casal Valdi König e Elvira Sell König, que nos receberam e deram informações sobre a cidade e região. Chama atenção o fato de que as lavouras de soja ficam rentes à área urbana, como se fossem imensos jardins, pontilhados aqui e ali por remanescentes das matas nativas.






PORTO MAUÁ


De Novo Machado a Porto Mauá, cidade nas margens do Rio Uruguai, a paisagem é deslumbrante. Vales de um verde espetacular são emoldurados por morros ainda com remanescentes da floresta original. Tudo é muito bonito e as boas casas na zona rural são rodeadas de jardins floridos. Porto Maúá, depende do agronegócio e do turismo. A cidade é acolhedora. A população vive um drama.
A construção prevista da Usina Hidrelétrica Roncador, no Rio Uruguai, afogará terras, histórias e locais turísticos. A área urbana vai ser atingida em cheio. Quando visitamos a cidade, numa tarde quente de um domingo ensolarado, centenas, talvez milhares de visitantes e moradores se deliciavam com a sombra e a paisagem nas margens do Rio Uruguai.
Falamos com dezenas de pessoas e a maioria delas não quer saber de barragens no Rio Uruguai. As que foram construídas já deixaram marcas profundas de alteração ambiental. Com a escassez de chuvas, Itá, Machadinho e Foz do Chapecó chegaram a interromper ou diminuir a geração de energia. Mas os tecnocratas e as grandes empreiteiras querem mais barragens. E as outras alternativas de geração, porque não são implementadas?



Da esquerda à direita: Egon Köhler, Noêmia Pisoni Köhler,
Melissa Bergmann e Ana Luísa Bergmann Cardoso.
 A família Köhler mora a décadas neste refúgio próximo ao
Rio Uruguai, em Porto Mauá. Caso seja construída a UHE
Roncador, as indenizações reparam a história, a tradição e
os sonhos de tantos anos?




 



18 de janeiro de 2013

Rio Uruguai: Histórias e natureza ameaçadas (2)

Bacia do Rio Uruguai: Aspectos das Missões e Noroeste do Rio Grande do Sul
Através de fotos e comentários vamos apresentar um panorama geral das regiões acima referidas onde se destacam cenários de rara beleza. Também aparecem pessoas que manifestam os seus pontos de vista, sempre em entrevistas ao acaso

Salvador das Missões
Cidade pacata, aspecto de limpa e muito verde, o que evidencia que a população busca a qualidade de vida. Aqui nasceu uma das maiores redes de varejo do Rio Grande do Sul, a Lojas Becker, hoje sediada em Cerro Largo. Economia alicerçada no agronegócio.




Guarani das Missões
Município colonizado por descendentes de poloneses. Cidade bem arborizada, acolhedora e que realiza a Polfest, onde as tradições polonesas são mostradas ao público. Economia alicerçada no agronegócio, comércio e indústrias


 Roque Gonzalez
Povo acolhedor, cidade limpa e bem arborizada. A poucos quilômetros do centro está a barragem da Usina Hidrelétrica Passo São João, no Rio Ijuí, este tributário do Rio Uruguai. A economia com base no agronegócio, comércio  e indústria, agora investe no turismo com vários campings e pousadas








Cerro Largo
Pólo industrial e comercial. Sede da rede Lojas Becker. Agora sedia um campus da Universidade Federal Fronteira Sul. População com ascendência germânica e que realiza a sempre exitosa Oktoberfest. Tem potencial no turismo voltado aos temas das tradições  germânicas e no ecoturismo.




Santo Cristo
Cidade fundada por descendentes de alemães. Economia baseada na agronegócio, indústria, comércio e investindo no setor de turismo. O Lago Azul e o Hotel Fazenda 3  Cascatas já são referências nessa área. É sede da rede de varejo Quero Quero. A cidade é limpa, bem arborizada e apresenta traços da arquitetura germânica conhecida como enxaimel. 




Em Santo Cristo, o estilo enxaimel revela uma identidade visual
à cidade, o que incentiva o turismo.





O prédio da recepção combina pedra e madeira: rusticidade e
beleza



O turismo rural e o chamado ecoturismo, que preserva
a paisagem com o mínimo de interferência, está atraindo
cada vez mais interessados.
 Da esq. à dir: Ana Luísa Bergmann , Melissa Bergmann,
Luíza Caneppele, Genir Caneppele e Celso Caneppele.   







Tuparendi
Próxima à cidade de Santa Rosa, Tuparendi tem economia alicerçada no agronegócio, comércio e indústria. Cidade aprazível, limpa e bem arborizada e tem potencial turístico, com cenário rural de rara beleza. Entre outras indústrias, sedia a Fankhauser com produtos para o agronegócio.






Tuparendi é uma cidade aprazível, limpa e bem arborizada.
Flagrei a relíquia de carro antigo bem cuidado, pertencente
a Neri Netzel

















16 de janeiro de 2013

Rio Uruguai: Histórias e natureza ameaçadas (1)




O impacto das grandes hidrelétricas na contramão da sustentabilidade


Usina no rio Ijuí, próximo à área urbana de Roque Gonzalez.
Este não é um megaprojeto de hidrelétrica. Mas no Rio Uruguai
estão previstas diversas barragens, somando-se às já existentes.
Será que vale a pena apostar só em grandes hidrelétricas?
A natureza já deu um recado. Muitas usinas hidrelétricas quase
pararam a geração por falta de água nos períodos de seca.
Por Darci Bergmann e Melissa Bergmann

Aqui iniciamos uma narrativa de viagem por regiões de rica história e de belezas naturais que merecem ser melhor conhecidas. Só se valoriza o que se conhece. Já estragamos tantos cenários,
já perdemos um pouco da nossa memória e as transformações acontecem de forma muito rápida. É preciso que cada habitante desse torrão pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai conheça melhor o cenário espetacular que ainda resiste às investidas dos grandes projetos das usinas hidrelétricas. 
A Usina Hidrelética Passo São João gera 77 megawatts de energia.
Implantada no Rio Ijuí, tributário do Rio Uruguai. Impacto ambiental
moderado.
Talvez seja o momento de questionarmos sobre o impacto das grandes usinas hidrelétricas e as mudanças que advirão caso implantadas. Cada cidade a ser atingida, perderá a sua história, a sua referência, os seus cenários naturais. O Rio Uruguai, já por muitos considerado outrora um dos rios mais bonitos do mundo, está agonizando. E não é só a questão dos esgotos, dos agrotóxicos, da destruição das matas ciliares. As grandes hidrelétricas, festejadas por alguns municípios que recebem recursos como medidas compensatórias, causam outros impactos de difícil reversão depois de implantadas. Os royalties que hoje recebemos não devolvem a história perdida, não devolvem a geografia original, não devolvem as terras perdidas e afogadas.
Precisamos de energia elétrica. As pequenas usinas suprem uma parte dela. Mas os impactos causados pelas grandes hidrelétricas é questionável até pelo elevado montante de recursos públicos investidos e que poderiam ser aplicados em outras fontes de geração. Nesse caso, o Brasil dispõe de uma fonte inesgotável que é a energia solar.

6 de janeiro de 2013

Biodiversidade em Marte?


Imagens de Marte, feitas pelo robô Curiosity, mostram a
aparente aridez do planeta. 

Por Darci Bergmann
   Sempre tenho ouvido falar que em Marte poderia haver vida. E  um dos objetivos das explorações com os sofisticados veículos em solo marciano é detectar indícios de vida. Nem que seja uma simples bactéria. Não importa o que for encontrado, será um feito e tanto para a ciência e para a humanidade. Já ouvi críticas sobre os gastos de tais expedições. Já tive minhas dúvidas sobre a validade de tais empreendimentos.
  Meu olhar hoje é outro. Primeiro, porque os custos dessas pesquisas e expedições estão bem abaixo daqueles para desenvolver tecnologias e engenhos de guerra, tipo bombas nucleares. Segundo, porque a busca de uma simples forma de vida em Marte, talvez acenda uma luz nas mentes humanas sobre a espetacular biodiversidade aqui na Terra, onde pululam as espécies nas mais variadas formas. Aqui tem o que lá em Marte não tem. É uma lição espetacular que estamos aprendendo ao custo bem aplicado de bilhões de dólares. 
   Numa opinião a um grupo de pessoas, fiz um pequeno artigo sobre o assunto:

Deus fez um jardim na Terra

As imagens que nos foram transmitidas até agora do Planeta Marte, pelo veículo Curiosity, mostram uma situação paradoxal. Não existe Natureza em Marte. Pelo menos na forma em que estamos acostumados com a nossa aqui na Terra. A curiosidade científica mostra ainda que a humanidade anseia por ‘novas descobertas’ em outros planetas. No entanto, nem sequer conhecemos a plenitude do nosso Planeta. O lado positivo dessas aventuras pelo universo é que elas nos repassem algumas tecnologias que possam gerar aplicações que melhorem o bem estar de todos nós.
Muitas pessoas entendem que as imagens da paisagem árida de Marte sirvam de reflexão sobre o nosso papel em preservar o jardim que o Criador do Universo nos legou aqui. Também já fui dotado de ‘curiosidade científica’ em outras fases da minha existência. Hoje, com humildade, reconheço que uma ‘Inteligência Suprema’ moldou o nosso planeta de tal forma que as miríades de espécies vivas pudessem aqui conviver - Deus fez um jardim na Terra.
Em qualquer local do nosso Planeta a vida se manifesta




 

Tamareira-das-canárias, uma palmeira espetacular


A tamareira-das-canárias ou ainda palmeira-das-canárias,
nome científico Phoenix canariensis Hort. ex  Chabaud,
 é originária das Ilhas Canárias, daí o seu nome. Atinge até 15m
de altura e suas folhas até 6m de comprimento.
Por Darci Bergmann
   As palmeiras pertencem à família Arecaceae. São bastante utilizadas em paisagismo. Algumas se destacam pelo porte avantajado e por isso conferem à paisagem a possibilidade de serem apreciadas a centenas de metros de distância. É o caso da imponente tamareira-das-canárias. Isolada ou num conjunto de indivíduos, ela se destaca pela sua linda e ampla copada, fornecedora de boa sombra.
   O Brasil possui uma das mais ricas coleções de palmeiras nativas, adaptadas às diversas regiões. Já foi chamado uma vez de Pindorama - terra das palmeiras. Por isso, muitos defendem que elas sejam mais utilizadas no paisagismo. Nada impede, porém, que espécies exóticas como a tamareira-das-canárias seja utilizada para embelezar os nossos espaços públicos. 
A foto de 01 de janeiro de 2013, em São Borja-RS, mostra  frequentadores
do espaço público conhecido como Parcão, abrigados na sombra de uma
tamareira-das-canárias
  
A floração exuberante é outro atrativo da espécie 

Bumbum falsificado




Por Darci Bergmann


   Produtos falsos acompanham a humanidade faz muito tempo. Mas alguns criam situações inusitadas. Um casal de namorados está numa tremenda angústia tudo por conta da falsificação. O homem se apaixonara pela mulher, principalmente porque ela exibia um belo bumbum. É aquela coisa de dar mais valor à forma do que ao conteúdo. Paquera daqui e dali, o namoro se consumou e a relação se tornou estável. Passados alguns meses, o namorado percebera que um dos lados do bumbum da sua amada começara a deformar. Então foi informado por ela que o bumbum recebera um enchimento de silicone e que este poderia ter se rompido ou se deslocado. Foi uma ducha de água fria na relação. Além do golpe psicológico nos dois amantes.    Nela porque a nova situação alterou a estética do corpo, com riscos à saúde e, ainda pior: o abalo moral. Nele porque viu um dos atributos da amada derreter-se a tal ponto que já não encontrava mais prazer nas relações íntimas. O abalo psicológico evoluiu para um quadro de impotência sexual.

   Fatos assim mostram o quanto homens e mulheres são vítimas das propagandas enganosas de produtos que prometem milagres na estética corporal. Até mulheres atraentes por natureza e que dispensam retoques artificiais se submetem a intervenções desnecessárias. São implantes de silicone em seios perfeitos, são lipo-aspirações ao menor sinal de algumas estrias, são cirurgias plásticas em rostos encantadores.

   A onda do silicone falso fez vítimas pelo mundo afora. Uma conhecida minha entrou em depressão quando descobriu que havia recebido silicone impróprio nos seios. A prótese não se rompeu até o momento, mas o abalo moral piorou a qualidade de vida dessa pessoa.

_______________________________________________________
Mais sobre o tema:

CIÊNCIA

Fundador da empresa de próteses mamárias PIP é condenado a quatro anos de prisão

Silicone industrial era utilizado na fabricação de implantes mamários da empresa. O produto pode se romper e causar infecções e irritações. Mais de 300 mil mulheres no mundo compraram as próteses.
Dois anos após o escândalo internacional das próteses de silicone de baixa qualidade importadas da França, o fundador da empresa Poly Implant Prothèse (PIP), Jean-Claude Mas, 74 anos, foi condenado nesta terça-feira (10/12) a quatro anos de prisão. Mas foi acusado de fraude e enganar conscientemente seus clientes durante anos.
Além da prisão, o tribunal de Marselha condenou o fundador da PIP a pagar uma multa de 75 mil euros e o proibiu de voltar a exercer cargos de gestão empresarial ou trabalhar no setor médico. Outros quatro ex-funcionários da empresa, incluindo o diretor do departamento financeiro, foram condenados com sentenças de variam de um ano e meio de liberdade condicional e três de prisão.
Todos os acusados admitiram que sabiam que as próteses eram preenchidas com um silicone industrial mais barato, diferente do produto declarado oficialmente, para obter lucros avaliados em um milhão de euros por ano. Mas eles afirmam, com exceção de um, que ignoravam os riscos à saúde.
Mas foi condenado também a pagar multa de 75 mil euros
Mas pediu desculpas às vítimas e continuou afirmando que o produto não é nocivo. Esse material vinha sendo usado desde 2001 na fabricação dos produtos da empresa. Pelo menos 300 mil mulheres no mundo possuíam implantes mamários fabricados pela PIP. No Brasil, cerca de 25 mil deles haviam sido comercializados.
Silicone industrial
Segundo um ex-funcionário da empresa, a economia não era feita somente com o gel de silicone usado para o preenchimento das próteses, mas também nas bolsas dos implantes. Em 2010, a comercialização desse produto foi proibida na França, devido ao alto índice de ruptura.
O último balanço da agência francesa de produtos de saúde registrou a ocorrência de mais de 7.500 rupturas e três mil efeitos secundários nocivos, principalmente reações inflamatórias.
A PIP chegou a ser a terceira maior fabricante de implantes mamários do mundo, mas faliu em 2010, quando o governo francês determinou um recall dos implantes. Em dezembro de 2011, o escândalo se tornou conhecido mundialmente, após autoridades da França recomendaram a retirada dessas próteses para as 30 mil mulheres no país que possuíam esse produto, pois eles poderiam se romper e causar infecções e irritações.
No Brasil, a comercialização das próteses PIP foram suspensas em 2010, após o governo francês divulgar informações sobre a possível fragilidade e a possibilidade de rompimento do produto.
CN/rtr/dpa/lusa/afp

Fonte: DW


  • Data 10.12.2013
  • Edição Renate Krieger