31 de janeiro de 2010

Sítio Itaperaju





Desde o início dos anos 1980 uma gleba de terras, hoje com 14 hectares, vem se transformando num refúgio natural. Antes havia exploração de pecuária e agricultura. Aos poucos foram sendo plantadas árvores e arbustos, ultrapassando 400 espécies, entre nativas e exóticas. É uma área relativamente pequena, mas repleta de espécies animais. Os bugios constituem um atrativo à parte.

Tudo ali é muito simples, pois a prioridade é a biota e a sua relação com o meio físico. Em determinados pontos exitem auditórios rústicos, onde os bancos e mesas são feitos com peneus, pranchões e dormentes velhos cedidos pela ALL. Os auditórios permitem um certo conforto quando da realização de palestras. Também existem trilhas nos vários ambientes do local. Muitos estudantes e pessoas em geral já visitaram o Sítio Itaperaju. As aulas de educação ambiental, ministradas pelo proprietário e ambientalista Darci Bergmann sempre foram gratuitas. Algumas melhorias são necessárias, mas as limitações financeiras nem sempre o permitem. O Projeto SEMEAR, da ong ASPAN, tem ali uma oportunidade valiosa para o seu objetivo de educação ambiental. A própria ASPAN, tem uma pequena gleba de pouco mais de 3 hectares na divisa com o Sítio. Ali foram plantadas mais de 500 mudas de espécies florestais nativas e parte da área está em regeneração natural.



A preservação do local exige cuidados, especialmente com relação às queimadas. O fogo pode se originar por descuido das pessoas. É o caso quando alguém joga um toco de cigarro nos corredores de acesso, nas épocas de poucas chuvas.

Um outro fator de preocupação é a rede elétrica de alta tensão que atravessa o Sítio. A vegetação tem de ser mantida em porte baixo e isso, além de custos altos de manutenção, prejudica o ecossistema como um todo.




O sítio tem uma boa coleção de exemplares da espécie ipê-roxo, árvore-símbolo de São Borja. As canafístulas, os cinamomos, os angicos e outras espécies de árvores sofreram e sofrem ainda grande impacto ambiental com a deriva dos herbicidas. Os piores são aqueles de princípio ativo clomazone, de nome comercial Gamit e Gamit 360. O clomazone é muito volátil e neste blog já foi relatado sobre isso.



As fotos acima e ao lado mostram flagrantes do Sítio Itaperaju. Na foto superior uma turma do PROJOVEM, área de Administração, acompanhada pelo professor e associado da ASPAN, Jones DalmagroPinto. A última foto, à direita da página, mostra professores e estudantes da Escola Estadual Franco Baglione


















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